Cafeicultores e representantes governamentais debatem mais apoio à produção na Assembleia Legislativa Durante audiência pública na Alep participantes defenderam políticas públicas permanentes de incentivo e subsídios aos produtores de café.

26/06/2018 14h06 | por Rodrigo Rossi
Audiência Pública  sobre as "Políticas Públicas do Café no Paraná".

Audiência Pública sobre as "Políticas Públicas do Café no Paraná".Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

Audiência Pública  sobre as "Políticas Públicas do Café no Paraná".
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Políticas públicas permanentes de incentivos e subsídios financeiros aos produtores de café foram alguns dos temas abordados na audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (26) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Por proposição dos deputados Schiavinato (PP), Pedro Lupion (DEM) e Anibelli Neto (PMDB), o evento contou com a participação de representantes da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), da Emater, de prefeitos, entidades de classe do setor agrícola, além de cafeicultores.

“O objetivo é propor alguma inciativa em conjunto com a Assembleia, com o Governo do Estado, para retomar o desenvolvimento cafeeiro. Vemos a necessidade de retomar estre crescimento da produção porque o café é muito importante para o Paraná. Portanto, esta audiência serviu e serve para traçarmos a partir de agora algumas alternativas de apoio”, avaliou Schiavinato.

O Paraná, segundo dados apresentados na audiência, produz cerca de 1,5 milhão de sacas de café ao ano. Quase a totalidade da produção vem da agricultura familiar. Para isso, aprimorar as técnicas de colheita, bem como ampliar a estrutura da produção, são fundamentais. A Câmara Setorial do Café no Paraná apresentou na audiência pública dez sugestões para auxiliar os produtores. Dentre elas, a criação de um plano de renovação das lavouras, ampliação do parque cafeeiro, facilitação de acesso aos mercados, seguro agrícola, além de financiamento de maquinário e equipamentos. “Esta Casa e seus representantes sabem o que o café significa para uma propriedade, e não basta lembrarmos a produção de café com saudosismo, deixando de lado a importância da geração de renda para as famílias. O Paraná precisa ampliar a política pública de apoio e fomento”, ressaltou Walter Ferreira Lima, gerente da Câmara Setorial do Café.

A mecanização da produção foi outo ponto lembrando pelo coordenador técnico da Cocamar Robson Luiz Bernabe Ferreira. Para ele, instrumentalizar os cafeicultores é uma das alternativas para aperfeiçoar a colheita. “O trabalho braçal de colheita do café é penoso, mais demorado e compromete efetivamente o resultado. Por isso, se colocarmos outras formas de auxiliar estes produtores, certamente haverá aumento na produtividade e na renda”.

Produção – Sendo um dos principais produtores do estado, o município de Carlópolis tem 850 famílias envolvidas com o cultivo do café, numa área plantada de 6.500 hectares, resultando numa produção de cerca de 200 mil sacas ao ano. O prefeito Hiroshi Kubo, juntamente com alguns dos cafeicultores e com o grupo de Mulheres do Café, apresentou alguns dos pleitos dos produtores. “Sempre estivemos na contramão do país. Sempre que o café tinha algum problema na sua produção e no mercado, o município esteve sempre em crescimento. Por isso, precisamos de alguns investimentos e incentivos, com tratores comunitários e uma política de financiamento e aval por parte do poder público”.

Para o deputado Anibelli Neto, abrir o Poder Legislativo é uma oportunidade não apenas para a busca de apoio institucional pelos interessados, mas também de conhecer um pouco mais sobre a realidade da produção. “Estamos abrindo a nossa Assembleia para conhecer as demandas, gargalos que estão atrapalhando a produção. O café do Paraná é de qualidade e queremos agregar ainda mais, não apenas com iniciativas legislativas, mas também por meio de ações governamentais para que o cafeicultor continue no campo”.

Na opinião do deputado Pedro Lupion, o Paraná pode voltar a ser novamente uma referência nacional e internacional na produção de café. O parlamentar lembrou ainda da geada negra, que destruiu as plantações.  “Sem dúvida este foi um grande momento de discussão para os produtores. O café já foi o grande carro-chefe do estado, que teve prejuízos com a famosa geada da década de 70, com a perda de preço e produção. Existem várias formas para criarmos incentivos e apoio do Estado para melhorar a produção e a renda. E os nossos produtores precisam desse apoio para fomentar a produção”.

O secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, George Hiraiwa, destacou a forte produção de grãos do Paraná. No entanto, ele lembrou que é preciso ampliar outras formas de cultura no campo. “O café é um legado que temos e não podemos perder isso. Parabéns para esta Casa em colocar em discussão este tema, porque precisamos estimular não apenas a monocultura, mas ampliarmos a produção de outros potenciais agrícolas, como é o caso do café. A cafeicultura é uma área importante que precisa de incentivo e projetos permanentes de apoio”.

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