Cai a mortalidade infantil no Estado, mas mortalidade materna sobe 50% Aplicação de recursos pela SESA foram apresentados aos deputados da Comissão de Saúde da Alep nesta terça-feira (1º) pelo secretário Beto Preto e equipe.

01/10/2019 12h04 | por Vanderlei Rebelo
Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, juntamente com equipe da Secretaria, apresenta aos deputados um balanço dos valores aplicados em Saúde pelo governo estadual.

Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, juntamente com equipe da Secretaria, apresenta aos deputados um balanço dos valores aplicados em Saúde pelo governo estadual.Créditos: Orlando Kissner/Alep

Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, juntamente com equipe da Secretaria, apresenta aos deputados um balanço dos valores aplicados em Saúde pelo governo estadual.

A taxa de mortalidade infantil no Estado do Paraná caiu de 10,74 mortos por mil nascidos vivos, no segundo quadrimestre de 2018, para 10,55 no segundo quadrimestre de 2019. Mas a mortalidade materna, tomando-se o mesmo período como base de comparação, subiu de 26,83mortes a cada cem mil nascimentos para 40,43 mortes, aumento de cerca de 50%.

Os números fazem parte do relatório feito pelo secretário da Saúde, Beto Preto, nesta terça-feira (1º) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Em audiência na Comissão de Saúde Pública da Assembleia, Beto Preto e o diretor-geral da Secretaria, Nestor Werner Júnior, prestaram contas das ações da pasta no segundo quadrimestre de 2019 e no acumulado do ano. A audiência foi comandada pelo presidente da Comissão, deputado Dr. Batista (PMN).

Nestor Werner disse aos deputados que a Secretaria espera reverter a elevação da taxa de mortalidade materna nos próximos meses. Ele lembrou que a Secretaria de Saúde tem um orçamento geral de R$ 5,5 bilhões para 2019. E que, de janeiro a setembro deste ano, os gastos e investimentos em Saúde representaram 12,11% das receitas líquidas correntes do Estado, acima, portanto, do piso constitucional, de 12%, segundo o levantamento mais recente repassado pela Secretaria da Fazenda.

Werner expos detalhadamente os investimentos feitos no setor de acordo com as diretrizes do plano estadual de saúde. A rede Paraná Urgência, por exemplo, recebeu aporte de quase R$ 140 milhões repassados ao programa Hospsus (recursos para os hospitais públicos e filantrópicos) e aos SAMUS regionais.

Só neste ano houve 1.557 atendimentos aéreos (avião e helicópteros) nas cincos bases em Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel, sem registro de um único caso de morte. As ambulâncias do SAMU fazem mais de 1.500 atendimentos por dia, com alto grau de êxito.

Novos hospitais – O diretor-geral anunciou que no primeiro semestre de 2020 o governo vai inaugurar dois novos grandes hospitais estaduais, em Guarapuava e Ivaiporã. O secretário Beto Preto ressaltou que o hospital de Telêmaco Borba – já inaugurado três vezes e hoje fechado por falta de equipamentos e de profissionais – será reativado em breve, num modelo de prestação de serviços ainda a ser definido.

Werner advertiu que o próximo ano epidemiológico deverá ter uma grande incidência de Dengue e Chikungunya. O governo está tomando as medidas necessárias de prevenção e capacitação profissional em parceria com os municípios e os consórcios intermunicipais, mas a população deverá adotar suas próprias precauções em casa para evitar a proliferação de mosquitos.

Calote federal – As autoridades da Secretaria enfatizaram que os repasses do Ministério da Saúde ao governo sofrem hoje um déficit mensal de cerca de R$ 30 milhões. Isso porque o Estado acaba pagando procedimentos de alta e média complexidade que, de acordo com a legislação, são atribuição federal – uma situação que não é nova e vem de várias gestões anteriores.

A prestação de contas dos secretários de Estado perante a Assembleia Legislativa está estabelecida no artigo 36 da Lei Complementar Federal 141, de janeiro de 2012.

Durante a audiência, os membros da Comissão de Saúde fizeram vários questionamentos ao secretário. Estavam presentes os deputados Arilson Chiorato (PT), Evandro Araújo (PSC), Luciana Rafagnin (PT), Márcio Pacheco (PDT), Homero Marquese (Pros) e Ricardo Arruda (PSL), além do Dr. Batista.

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