Buscar no Portal ALEP
Filtrar resultados

Cpi dos Grampos Ouve Coordenador da Pic

Para Editoria de PolíticaDistribuído em 04/12/06Jornalista: Flávia PrazeresA Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembléia que investiga a existência de grampos telefônicos ilegais no Estado, tendo sido iniciada com a coleta e recebimento de documentos, obteve nessa segunda-feira (04) o seu primeiro depoimento com o coordenador da Promotoria de Investigação Criminal (PIC), Paulo José Kessler.Durante o depoimento, o relator da CPI, deputado Jocelito Canto (PTB) questionou o coordenador Kessler sobre as áreas de atuação do órgão e os casos de escuta telefônica, inclusive sobre o caso Rasera, recentemente divulgado pela imprensa. Kessler, que faz parte da PIC desde sua constituição, em janeiro de 2003, tendo integrado até 2002 e retornado só em dezembro de 2005, disse que a PIC tem a função primordial de combater e apurar qualquer infração penal praticada por agentes policiais, embora de acordo com ele não esteja equiparada com instrumentos tão modernos, tido por Kessler como aparelhos rudimentares de escuta telefônica.Jocelito também o questionou a respeito de vazamento de informações da PIC, o que ele disse ser improvável, entretanto não descartou a possibilidade de escutas telefônicas serem feitas sem a autorização judicial. “Não há sistema a prova de fraude, obviamente é possível”, declarou o coordenador da PIC. CASO RASERA – A questão do policial Décio Rasera também abordada no depoimento não pôde ser aprofundada, pois está subjudice, ou seja, tramita em segredo de Justiça. Entretanto, o promotor falou sobre as inúmeras fitas apreendidas enviadas para investigações na cidade de Campo Largo e contou à Comissão como chegaram até Rasera. De acordo com ele foi devido a uma investigação de escutas telefônicas ilegais que vinham sendo feitas por um técnico também contratado por Rasera para grampear determinados telefones. Kessler falou também sobre pedidos feitos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para que fossem investigados possíveis envolvimentos dessas escutas telefônicas ilegais com as eleições. Contudo, o promotor não afirmou se houve ou não qualquer constatação da espécie, apenas disse que foi enviado um material a Campo Largo a despeito desse pedido do TRE. No depoimento, o coordenador disse que já há indícios capazes de revelar a mando de quem trabalhava o policial Rasera, mas ressaltou que essas provas ainda devem ser investigadas. Nesse momento, Kessler sugeriu que a CPI dos Grampos abordasse a questão da segurança dos usuários dos serviços de telefonia no Paraná. E ainda advertiu para a necessidade de um levantamento sobre as medidas adotadas pelas companhias telefônicas para impedirem escutas ilegais. Outro caso levantado durante seu depoimento é o denominado “caso mexicano”, que Kessler disse ter tomado conhecimento através dos veículos de comunicação como sendo um caso de extorsão envolvendo policiais civis, inclusive, o filho do coordenador anterior da PIC e atual procurador de Justiça da PIC, Dartanhan Cadilhe Abilhoa. Entretanto, Kessler não falou mais nada sobre o caso, pois disse não ter informações além daquelas divulgadas pela imprensa.A CPI, presidida pelo deputado Antonio Anibelli (PMDB), também havia convidado o procurador de Justiça da PIC, Dartanhan Cadilhe Abilhoa, que não compareceu, pois alegou estar de licença-prêmio.
Assembleia Legislativa do Estado do Paraná © 2019 | Desenvolvido pela Diretoria de Comunicação