A deputada estadual Márcia Huçulak representou na quarta-feira (29/03) a Assembleia Legislativa do Paraná na abertura do 15º Seminário Femipa (Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná), que debate estratégias para garantir a sustentabilidade dessas instituições.

A deputada, que vem apontando a necessidade de revisão do financiamento de todo o sistema de saúde pública, destacou a importância do setor para o atendimento da população.

“Os hospitais filantrópicos foram e são o grande alicerce do Sistema Único de Sáude (SUS) no Paraná”, disse.

Segundo a federação, as suas 71 instituições afiliadas são responsáveis por mais de 50% dos atendimentos SUS no estado e chegam a atender 70% da demanda dos procedimentos de alta complexidade.

Para a deputada, o grande desafio atual é equacionar a sustentabilidade financeira, agravada no período pós-pandemia de covid-19.

“Chegou a hora de discutirmos o financiamento dessas instituições, que foram fundamentais para que o Paraná tenha feito o combate adequado à pandemia de covid-19”, afirmou. “Precisamos trabalhar por um SUS sustentável”.

O cenário hoje é que municípios e estados assumiram grande parte dos custos antes repassados pela União, que já foi responsável por 70% dos recursos e hoje arca com 42%.

Também participaram da abertura o secretário estadual de Saúde do Paraná, César Neves, o presidente da Femipa, Charles London, e a secretária municipal de Saúde de Curitiba, Beatriz Nadas, entre outros representantes do setor.

Melhoria da gestão

Marcia reforçou a importância do seminário, que está em sua 15ª edição e ocorre até sexta-feira (30/03). Ela, que participou de eventos anteriores como gestora de saúde, disse que ao longo dos anos os debates contribuíram muito para a melhoria da gestão nas instituições.

"A pandemia demonstrou que com boa gestão conseguimos superar grandes desafios”, exemplificou.

Esta edição do encontro traz uma série de especialistas que debatem temas como gestão de recursos humanos, logística e infraestrutura hospitalar, segurança dos pacientes.

Além de questões técnicas, o encontro também aborda o cenário do SUS para os próximos quatro anos e o impacto para a sociedade de uma gestão hospitalar eficiente, entre outros temas.