Deputado Soldado Fruet questiona critérios para criação de batalhões da Polícia Militar

28/06/2022 17h00 | por Assessoria parlamentar
Deputado Soldado Fruet (PROS).

Deputado Soldado Fruet (PROS).Créditos: Dálie Felberg/Alep

Deputado Soldado Fruet (PROS).

Onde é mais necessário criar um novo batalhão da Polícia Militar no Paraná: em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, ou em Assis Chateaubriand, no Oeste? Segundo anúncio do Governo do Estado, em Assis, cidade com pouco mais de 30 mil habitantes e baixíssimos índices de violência, e não em Fazenda, uma das campeãs em estatísticas de criminalidade e um dos seis municípios do Estado com mais de 100 mil habitantes que não têm batalhão. Nesta terça-feira (28), o deputado estadual Soldado Fruet (PROS) questionou se os critérios para criação dos batalhões são técnicos ou eleitoreiros, após justificar em plenário seu voto “não” ao PL 270/2022, do Executivo, que cria 468 cargos na Polícia Militar – 375 praças e 93 oficiais.

“Esse tipo de projeto, quando parte do Governo, tem somente um propósito: dizer para a população que está criando cargos de policiais para ter mais segurança ao cidadão”, apontou, em discurso na sessão.

Para o deputado, essa é mais uma mentira “porque existem mais de 8 mil cargos vagos dentro da estrutura da PM, decorrente de aposentadorias e baixas; são milhares de cargos de soldados e pouco mais de mil cargos de oficiais”. Segundo ele, “se o governador quiser oferecer segurança pública de verdade ao paranaense, basta convocar militares para preencher essas vagas, não é necessário aprovar essas 375 vagas, pois já existem 20 vezes mais vagas em aberto”.

Na avaliação do parlamentar, o PL 270 apenas garante a criação de mais cargos de oficiais, o que ele considera justo, mas não essencial como recompor os quadros de praças da PM: “essencial é o praça na rua, e não a criação de batalhões apenas no papel”. O parlamentar disse que “mudar o nome de uma Companhia para Batalhão não traz segurança se não vier junto um número expressivo de praças para efetivo trabalho de policiamento”. Na Região Norte, citou que atualmente uma equipe de apenas dois policiais militares cuida de sete cidades: Santa Mônica, Santa Isabel, Planaltina, Querência do Norte, Santa Cruz de Monte Castelo, Porto Rico e São Pedro.

De acordo com o deputado, é louvável a convocação de 3,4 mil soldados, mas lembrou que a cada ano cerca de 1,2 mil policiais dão baixa na PM.

Pela média, em um mandato de governador 4,8 mil policiais deixam a PM. “Se estão sendo contratados 3,4 mil, o déficit de Ratinho Junior ainda será de 1,4 mil policiais”, calculou. Soldado Fruet frisou que segurança se faz com efetivo e que, para cada policial que deixa a PM, outro deveria ser convocado imediatamente. Conforme ele, o governador está apenas repondo parte dos que se aposentaram na atual gestão. O parlamentar também denunciou a falta de efetivo no Corpo de Bombeiros, citando que o SIATE está deixando de prestar atendimento em cidades como Umuarama e Paranaguá.

Diferenças salariais

Soldado Fruet desmentiu ainda o discurso do governador sobre a redução da diferença salarial entre praças e coronel de 60% para 45%. “Um soldado tem subsídio de R$ 5.401 e um coronel em início de carreira, R$ 19.840; só aí a diferença é de 260%, mas um coronel nunca tem menos que 25 anos de carreira, então se pegarmos um soldado com 25 anos de carreira, seu salário será de R$ 6.499 e um coronel com 25 anos de carreira tem um salário de R$ 24.748; a diferença sobe para 280%. Em resumo, governador, um soldado ganha 26% do que ganha um coronel”, comparou.

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