Líder da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) e presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado Tadeu Veneri usou a tribuna na sessão plenária desta segunda-feira (13) para cobrar explicações do governo estadual sobre possíveis fatos criminosos envolvendo dois policiais militares aposentados que atuavam como monitor e diretor militar em um colégio cívico-militar em Imbituva, na região Centro-Sul do estado.
De acordo com o MP, em 06 de agosto de 2021, o agente militar que atuava como monitor na instituição de ensino interrompeu uma aula que estava sendo ministrada e retirou um adolescente de sala. A razão seria repreender o aluno por ter desenhado uma folha de maconha e escrito a frase “vida loca” em sua carteira escolar. O monitor teria ameaçado o estudante, afirmando “que já tinha matado vários e que ele não iria fazer diferença”, e ainda o teria agredido fisicamente, com um soco na nuca. Ao retornarem para a sala de aula, o policial ainda teria submetido a vítima a constrangimento, obrigando-a a limpar a carteira escolar na presença dos demais colegas de classe e da professora.
“Essa situação é extremamente grave. Por isso nós estamos fazendo um pedido de informações para a Secretaria de Estado da Educação para saber quais medidas foram tomadas pela SEED em relação ao ocorrido no Colégio Cívico-Militar de Imbituva. Precisamos de respostas do Estado”, disse o parlamentar.
Veneri afirmou que recebeu denúncias de fatos semelhantes que teriam ocorrido em outras instituições de ensino. Para o deputado, a prática de ameaça e constrangimento é crime e precisa ser punido.
“Além desta escola, nós temos denúncias de outras instituições que estão acontecendo fatos semelhantes ou iguais a este. Muitos alunos estão pedindo transferência das escolas cívico-militares. Não é possível que alguém que deva fazer atendimento aos alunos passe a ameaçá-los, constrangê-los e ameaçá-los fisicamente. Isso é crime e precisa ser punido. Nós não vamos deixar que isso seja apenas mais uma denúncia”, concluiu.