A doutora Mauren Bondanese, que é neuropediatra, diz que são muitos os desafios para que haja avanço no diagnóstico de autismo. Atualmente, esse diagnóstico, vem a partir dos 4 anos no Brasil. Mas seria necessário, na opinião dela, que fosse feito antes de um ano e meio de vida da criança. Ela também afirma que, até os seis meses, a observação da mãe é fundamental, como um simples olhar fixo do bebê para o rosto dela na hora da amamentação. A forma de socialização da criança depois dessa fase também deve ser observada. Assim, ela avalia que as respostas ao tratamento são mais positivas, já que o diagnóstico na rede pública pode demorar até três anos.
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Ao longo da reunião, que foi em formato de mesa redonda, a doutora Mauren listou outras características de crianças com o Transtorno do Espectro Autista. Movimentos repetitivos e crânio aumentado estão entre elas. Ela acredita que uma avaliação feita por uma equipe multidisciplinar pode apontar o grau do Transtorno e que o tratamento com essa mesma equipe pode mudar inclusive esse grau. Foi o que aconteceu com os dois filhos de Fernanda Rosa. Graças a uma liminar junto ao plano de saúde, eles tiveram tratamento adequado e hoje estão fora do espectro. Mas Fernanda acabou “comprando a briga” de outras mães. Fundou a Anjo Azul, que se transformou em instituto, e hoje leva informação à 52 mil famílias no Paraná.
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Evandro Araújo ouviu relatos de mães de autistas que lutam por inclusão nas salas de aulas, por tratamentos dignos e políticas públicas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Se solidarizou e se comprometeu a atuar para garantir os direitos dos portadores. Ele é autor da Lei que instituiu esta Semana, que tem como objetivo dar visibilidade ao transtorno por meio de ações eficazes de conscientização.
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O deputado Márcio Pacheco (PDT), que tem leis e projetos em torno da causa autista, também participou da reunião. A presidente da Comissão de Saúde da OAB/PR, a advogada e consultora pública da área, Renata Farah, reforçou: os autistas estão incluídos na Lei Federal que criou o Estatuto da Pessoa com Deficiência, porém, afirma que falta efetivação da lei. Por isso, acredita na união de forças entre Executivo, Legislativo e as instituições.
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Também foi falado sobre as medidas de capacitação na área da saúde começam a acontecer no Paraná agora em maio. como o treinamento de servidores e de cuidadores que segue os padrões de um trabalho-modelo desenvolvido nos Estados Unidos.