Deputados estaduais que compõem a Frente Parlamentar para Desenvolvimento do Oeste do Paraná – Adelino Ribeiro (PSL), José Carlos Schiavinato (PP), Leonaldo Paranhos (PSC) e Márcio Pacheco (PPL) – fizeram uma vistoria no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) nesta sexta-feira (18) e se reuniram por mais de três horas com a diretoria da instituição, em busca de soluções para melhorias no atendimento à população.
Ao percorrerem as instalações do hospital, os deputados se depararam com alguns pacientes atendidos nos corredores. “Infelizmente é uma situação comum e temos relatos de que, em alguns finais de semana, cerca de 40 pessoas chegaram a ser atendidas nos corredores. Temos que buscar soluções para que isso acabe”, afirmou Adelino Ribeiro.
O deputado do PSL lembra que em 2011, quando integrou a CPI do SUS realizada na Assembleia Legislativa, também encontrou uma situação crítica no HUOP, mas que algumas recomendações feitas pela comissão foram atendidas e possibilitaram a abertura de novos leitos. Também após a CPI foram realizadas obras de melhorias e iniciadas outras para ampliar o Pronto-Socorro e a construção da Ala de Queimados, que totalizarão R$ 20 milhões.
Mas, de acordo com o deputado Adelino Ribeiro, quatro pontos serão debatidos com mais urgência pela Frente Parlamentar: verbas de custeio, contratação de funcionários, aumento da capacidade de atendimento e obras e equipamentos.
A diretoria do hospital encaminhará até o início da próxima semana um documento detalhando todas as necessidades do hospital para que a Frente Parlamentar possa definir as ações a seguir. Uma delas será a realização de audiências com as secretarias de Estado da Saúde e de Ciência e Tecnologia para tratar dos problemas.
“O que mais nos preocupa no momento é a falta de funcionários e a limitação das verbas de custeio. De acordo com a direção, os recursos disponíveis para o ano são o suficiente para durar até agosto e depois disso o hospital enfrentará sérios problemas. Além disso, há uma deficiência também no quadro de funcionários, pois muitos se aposentaram e não houve reposição. O HU atua hoje com metade dos funcionários necessários e por conta disso algumas alas estão fechadas há cinco anos. Isso tudo acaba refletindo no atendimento e quem sofre é a pessoa que necessita do atendimento”, detalhou o deputado.
Outro ponto que causa preocupação é com relação às obras que estão em andamento. “Pedimos mais explicações à direção, mas ao que tudo indica a empresa vencedora da licitação apresentou um valor bem abaixo das demais e agora não está conseguindo cumprir o cronograma e isso, em se tratando de um hospital público, o único da região oeste, é motivo de uma intervenção imediata do Governo do Estado. ”
“O que temos que fazer agora é mobilizar os setores do governo, os demais deputados da Frente Parlamentar e buscar soluções, inclusive junto ao governo federal. O Hospital Universitário é o ponto de referência na região oeste, precisa de toda a nossa atenção para melhorar as condições de atendimento”, concluiu Adelino.