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Iapar celebra 44 anos com homenagens e debates sobre as perspectivas para o futuro

Os desafios da pesquisa agrícola pública diante do avanço da tecnologia e das novas necessidades do mercado foram discutidos em evento na Alep.


As comemorações dos 44 anos do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) foram encerradas nesta quarta-feira (7) com uma sessão comemorativa na Assembleia Legislativa do Paraná. Além de homenagear quem contribuiu com o sucesso da agropecuária paranaense até aqui, o instituto promoveu um debate sobre os desafios para o futuro do agronegócio e da pesquisa pública.

A iniciativa de celebrar a atuação do Iapar ao longo desses 44 anos de história foi do deputado Pedro Lupion (DEM), presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Assembleia Legislativa do Paraná, que ressaltou a qualidade do corpo técnico da instituição. “O Iapar merece todas as homenagens possíveis. Um instituto extremamente competente e comprometido que desenvolve tecnologias quando várias outras instituições do país não têm essa oportunidade. Apesar das dificuldades dos últimos anos, o Iapar tem mantido seu trabalho pela competência dos seus pesquisadores e funcionários e, também, pela vontade de desenvolver a produção agrícola paranaense e brasileira”.

O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, lembrou a importância que a pesquisa e a tecnologia têm para o bom desempenho da agricultura, que aumentou sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. “A gente tem a convicção de que o Paraná não seria o que é não fosse a sua agricultura nos tempos modernos. E o Brasil também. Isso tem a ver com ciência e tecnologia, que chegaram ao campo há muito tempo. A força bruta e a terra fértil explicam hoje, parcialmente, o desempenho. No entanto, três quartos dos resultados são explicados pela tecnologia empregada, pelas cultivares mais produtivas, pelo controle de pragas e doenças, pelo jeito correto de fazer o cultivo, pelas boas práticas. Isso tem a ver com ciência”.

Futuro – Muito mais do que para celebrar as conquistas alcançadas, o Iapar é preparado para os desafios do futuro. Segundo o presidente do instituto, Florindo Dalberto, a pesquisa precisa acompanhar todas as transformações da sociedade. “Ao completar 44 anos, a pesquisa aqui do Paraná tem uma trajetória rica e de resultados. Então, nada melhor do que comemorar, mas também sempre com os olhos voltados para o futuro, buscando quais são os rumos que essa pesquisa tem que tomar em função de todas as transformações que estão acontecendo na agricultura, na sociedade, na tecnologia, com os novos conhecimentos e novos produtos”.

A responsabilidade de apresentar alternativas para a pesquisa agrícola pública foi do engenheiro agrônomo e mestre em Economia Agrária pela Universidade de São Paulo (USP), Francisco Graziano Neto, que destacou a importância do investimento em pesquisa. “A agricultura que nós temos hoje no Brasil, que está dominando o mundo, só foi construída devido aos resultados da pesquisa agropecuária, e o Iapar tem responsabilidade por isso. É muito importante a gente ter essa noção de que tudo isso que nós construímos, essa pujança que hoje segura a crise brasileira, veio por causa do investimento em pesquisa”.

Para Graziano, a sustentabilidade e a inovação devem estar no foco do que ele chama de um novo profissional para a agropecuária brasileira, apto a monitorar as necessidades do campo. “O desafio maior é saber qual a nossa função enquanto pesquisa pública. Há 40 anos, quando o Instituto Agronômico do Paraná foi fundado, quase não existia pesquisa privada e hoje você tem laboratórios importantes de empresas privadas. Então a questão mais difícil é saber qual é a função do poder público no mundo tecnológico de hoje. Nisso, a sustentabilidade se destaca mais ainda, porque as empresas fazem bons produtos, mas estão querendo vender seus produtos para o agricultor. Então quem cuida da qualidade? ”.

Homenagens – Durante a solenidade, o pesquisador Milton Ramos recebeu o troféu “Iapar 44 Anos”, pelo trabalho pioneiro na pesquisa sobre o plantio direto no Paraná. Já a Assembleia Legislativa do Paraná, representada pelo deputado Pedro Lupion, foi homenageada pela promulgação da Lei nº 8.014, de 14 de dezembro de 1984, que trata do manejo e conservação de solos no Paraná.

Também foi lançado o livro “Erosão no Estado do Paraná – fundamentos, estudos experimentais e desafios”. A obra é uma coletânea do trabalho de pesquisa desenvolvido nos últimos 30 anos por dez pesquisadores.

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