Mulheres recebem orientações sobre a saúde física e mental durante seminário Especialistas abordaram o tema num encontro promovido pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná.

06/11/2019 15h13 | por Nádia Fontana
Especialistas dão orientações sobre a saúde física e mental às mulheres num encontro promovido pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná.

Especialistas dão orientações sobre a saúde física e mental às mulheres num encontro promovido pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná.Créditos: Orlando Kissner/Alep

Especialistas dão orientações sobre a saúde física e mental às mulheres num encontro promovido pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná.

Especialistas dão orientações sobre a saúde física e mental às mulheres num encontro promovido pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná.Créditos: Orlando Kissner/Alep

Especialistas dão orientações sobre a saúde física e mental às mulheres num encontro promovido pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná.

Especialistas dão orientações sobre a saúde física e mental às mulheres num encontro promovido pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná.Créditos: Orlando Kissner/Alep

Especialistas dão orientações sobre a saúde física e mental às mulheres num encontro promovido pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná.

“O silêncio mata”, alertou a advogada Raquel Mannrich ao falar sobre os direitos das mulheres durante o encontro “Você não está sozinha – seminário sobre o fortalecimento da saúde mental e física da mulher”, que aconteceu na manhã desta quarta-feira (6), na Assembleia Legislativa do Paraná. O evento, promovido pela Procuradoria Especial da Mulher do Poder Legislativo, contou com uma oficina especial sobre técnicas de defesa pessoal.

A deputada Cristina Silvestri (PPS), procuradora da Mulher da Assembleia, destacou a importância do seminário para a conscientização sobre os direitos e a saúde: “Além disso, recebemos noções de defesa pessoal, orientações que vão contribuir com a segurança de todos”. Na abertura do seminário ela manifestou preocupação em relação aos casos de violência registrados, chamando a atenção para dados que indicam um crescimento dos homicídios femininos no Brasil, com cerca de 13 assassinatos por dia em 2017.

Ao todo, 4.936 mulheres foram mortas naquele ano em nosso país, o maior número registrado desde 2007, de acordo com o Atlas da Violência, documento elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em conjunto com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “No Paraná, não é diferente”, frisou a parlamentar. “Os casos de feminicídio (o assassinato de mulheres em contextos marcados pela desigualdade de gênero) tiveram também expressivo aumento de 48,8%; passando de 41 para 61 casos, em 2017”, citou.

Rede de proteção – Segundo a advogada Raquel Mannrich, a mulher que está sendo vítima de violência deve buscar ajuda, quebrando esse ciclo vicioso. “Procure as delegacias especializadas ou ligue para o 180. Nem que seja para obter orientações”, sublinhou.

Durante o encontro, ela discorreu sobre os tipos de violência – a física, sexual, patrimonial, moral e psicológica – e fez um breve histórico das legislações, com ênfase na Lei Maria da Penha, que acaba de completar 13 anos. “Essa lei representa uma grande guinada contra a impunidade”, opinou.

Violência invisível – A pedagoga e sexóloga Sabrina Matos, que abordou os temas superação de traumas e sexualidade, lembrou que muitas mulheres foram educadas numa sociedade patriarcal, onde diversos assuntos ainda são tabus. Ela enfatizou o fato de que as agressões vivenciadas nem sempre são físicas, aquelas que deixam marcas visíveis.

De acordo com a pedagoga, a autoestima e a autoconfiança das mulheres são abaladas por violências psicológicas, que marcam profundamente e de forma invisível. Na opinião dela, o respeito existe e deve ser cobrado em todos os relacionamentos, especialmente, entre os casais. “Se ela quer usar uma saia curta e se sente bem, o problema é dela”, exemplificou. Conforme Sabrina Matos, a pessoa mais importante tem que ser você: “Se você não estiver bem com você mesma como vai ter amor por um filho?”. “Se aceite e se ame. A poderosa sou eu! Repita sempre essa frase”, ensinou.

Defesa pessoal – Não prestar atenção ao ambiente é um dos grandes erros cometidos por quem está preocupado com a segurança, disse o professor Chrystian Marcelo Rodrigues, que fez demonstrações de técnicas de defesa pessoal no encerramento do seminário. “O maior ‘ladrão’ da atenção hoje é o celular. Use somente quando estiver num ambiente seguro. Preste atenção a quem está próximo de você”, insistiu.

Ele também recomendou cuidados especiais com os pertences particulares (bolsas, carteiras e documentos) durante os trajetos em ruas e em ambientes com aglomerações de pessoas: “As mulheres, preferencialmente, devem levar a bolsa na frente, bem próxima ao corpo”. Rodrigues orientou que sejam evitados horários e ruas perigosas e deu dicas de postura de defesa. “Quando perceber uma situação perigosa busque ajuda, não se exponha, não procure o confronto. A mulher, naturalmente, é mais frágil que o homem”, lembrou.

Agradecimentos – A deputada Cristina Silvestri fez questão de agradecer a Mesa Executiva – especialmente aos deputados Ademar Traiano (PSDB), presidente da Assembleia; Luiz Claudio Romanelli (PSB), primeiro-secretário; e Gilson de Souza (PSC), segundo-secretário – pela implantação da Procuradoria da Mulher, criada há cerca de três meses.

Segundo ela, a instalação do órgão vem propiciando a realização de ações que promovem os direitos das mulheres, bem como, de iniciativas que contribuem para a emancipação e a superação da violência doméstica e sexual. A parlamentar anunciou ainda que pretende levar esse seminário para outras regiões do Paraná.

A deputada Luciana Rafagnin (PT), que tem uma atuação voltada para a defesa dos direitos das mulheres, e o diretor Legislativo e da Escola do Legislativo, Dylliardi Alessi, participaram do seminário que contou com as presenças de funcionários da Assembleia e convidados.

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