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Oposição Consegue Suspender Compra da Ueg Araucária

A bancada de Oposição conseguiu aprovar esta semana um requerimento que suspende por tempo indeterminado o processo de compra da UEG Araucária pelo Governo do Paraná. Uma mensagem do governo neste sentido tramitava em regime de urgência na Assembléia. O valor da negociação alcança R$ 420 milhões.De acordo com o líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), as incertezas que surgiram com a crise do gás na Bolívia e as dúvidas que cercam o processo precisam ser esclarecidas. “A Assembléia não pode dar um cheque em branco para o governo, principalmente quando se trata de comprar uma usina que o governador Requião chamou de bomba atômica”, disse Rossoni.O assunto dominou as discussões ontem na Assembléia. Primeiro na reunião de Fiscalização e Controle, quando pela manhã, sob a presidência do deputado Neivo Beraldin, foi feita a sabatina do ex-presidente da Copel, Ingo Hubert e dos diretores jurídico e técnico da El Paso, José Henrique Lutz Barbosa e Celso Pereira da Silva.Ingo Hubert disse que não há necessidade de a Copel comprar a UEG Araucária e garantiu que com alguns ajustes e investimentos a unidade pode funcionar e dar lucro para os acionistas, já que ao cabo de 20 anos a usina passará para o controle da Copel, pelo preço mínimo de R$ 1,00.A despeito das críticas de que usina corria o risco de explodir, os técnicos da El Paso garantiram que a usina foi entregue à Copel, em 2003, em perfeitas condições de funcionamento. Além disso, de acordo com os técnicos, o investimento de US$ 42 milhões na Usina de Processamento de Gás Natural (UPGN), foi justificado porque as especificações da ANEEL mudaram enquanto a usina estava sendo construída.Por seu lado, o presidente da Copel, Rubens Ghilard, disse que a empresa teria que pagar R$ 23 milhões por mês a preços de hoje, correspondente ao aluguel de funcionamento da usina. Por isso, segundo Ghilard, o estado optou pela compra, porque deduziu que o valor pago em três anos de governo Requião, é dobro do que a Copel vai gastar para comprar a usina.O presidente da Copel também admite que existe o risco da empresa perder a ação, que corre na Câmara Arbitral de Paris, o que poderia resultar numa indenização de mais de US$ 1 bilhão. Conforme Ghilard, esta seria mais uma razão para o governo optar pela aquisição da parte da El Paso na usina por US$ 190 milhões (R$ 420 milhões).
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