O agente de investimentos certificado pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, Lauro Penz, dá conselhos sobre o que e como fazer para entrar em um financiamento imobiliário e poder guardar algum dinheiro.
Para isso, ele cita Warren Buffet, um dos maiores investidores da história que diz “não ter meta é como primeiro atirar a flecha para depois pintar o alvo ao redor de onde ela atingiu.”
Lauro diz que “ter metas é um dos principais fatores para o seu equilíbrio financeiro.” Segundo ele, só assim você terá um mapa do caminho a ser percorrido. Para isso é preciso definir objetivos de curto, médio e longo prazo. Saiba quanto custará e quanto precisará economizar para conquistar estes objetivos e definir prazos possíveis. “Execute e comece” diz o consultor.
Separamos algumas questões que podem lhe interessar.
Acompanhe :
- É viável usar o limite do banco para complementar o dinheiro necessário para dar entrada em um financiamento imobiliário?
O sonho da casa própria está enraizado na cultura brasileira, o que torna o assunto muito mais emocional do que racional. A Educação Financeira, esta sim, deveria estar enraizada na cultura dos brasileiros, pois não é viável e nem recomendado utilizar ou realizar qualquer dívida para contrair outra dívida.
Saber utilizar as ferramentas corretas com certeza te auxiliará a pagar a menor taxa de juros, e como consequência, reduzir seus custos.
Segundo reportagem a edição da revista Exame, de 12 de novembro, a Caixa Econômica Federal anunciou, nesta terça-feira (12), a redução da taxa de juros do cheque especial de 8,99% para 4,99% ao mês. Ainda nesta reportagem, a Caixa anunciou também uma nova linha de crédito imobiliário indexado ao IPCA, com taxas a partir de 2,95% ao ano mais o IPCA, representando uma parcela 40% menor em relação ao financiamento indexado à TR.”
Portanto não deixe de sonhar com a casa própria. A sugestão é que até mesmo na hora de contrair uma dívida de longo prazo, é importante e necessário conhecimento em Educação Financeira. Procure por benefícios e programas subsidiados para reduzir seus custos nesta operação.
- Todos os meses, quando recebo meu salário, o dinheiro está comprometido para saldar dívidas antigas. Então, faço novas dívidas para conseguir manter meu padrão de vida. Como faço para sair do “vermelho”?
Se o seu padrão de vida exige que todo mês você renove alguma dívida para mantê-lo, a primeira atitude a ser tomada é reduzir seus custos mensais e seu padrão de vida ou aumentar sua renda.
Segundo pesquisa elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em “O perfil de endividamento das famílias brasileiras em 2017”, o comprometimento da Renda das famílias brasileiras é de 30% para pagamento de dívidas.
Este percentual deveria estar sendo investido com o objetivo de tornar a sua vida financeira mais tranquila e não o oposto!
Seguem algumas dicas:
- Consegui quitar todas as minhas dívidas. Mas, devo sair de férias e tenho medo de me endividar principalmente com o cartão de crédito. Quais cuidados devo tomar?
Um bom Planejamento Financeiro não vai te trazer estes medos. A resposta parece simples e é: não viaje este ano!
O cartão de crédito não deve ser usado em suas viagens como ferramenta financeira. Seu dinheiro de viagem e lazer deverá ser separado com antecedência.
Segundo o analista Herberthy Daijó da Câmbio Curitiba, “pensando na economia da sua viagem internacional, o ideal é deixar o cartão de crédito de lado, adquirindo moedas estrangeiras em espécie e o restante no VTM (cartão pré-pago). A grande vantagem deste último é que o IOF de 6,38% (o mesmo cobrado no cartão de crédito internacional) é cobrado uma única vez no carregamento do mesmo e não em cada compra - diferentemente do cartão convencional! Além disso, ao adquiri-lo, o cliente fica sabendo a cotação da moeda no ato (travada), evitando surpresas desagradáveis no fim do mês. Já a moeda espécie possui o IOF de 1,1% sendo, portanto, mais em conta. Em linhas gerais, a dica é: vai viajar, fuja do cartão de crédito!”
Férias é sinônimo de tranquilidade, independente do local em que você estiver e a maior tranquilidade que podemos ter é não possuir nenhuma dívida!
- Devo vender as minhas férias para quitar as dívidas?
Se a situação já está irreversível de tal maneira então sim, venda suas férias, assim como seu carro e outros bens para pagar suas dívidas. Contrair dívidas no Brasil é algo que pode se tornar um problema irreversível. Mas jamais deve ser uma alternativa frequente. Se você chegou a este ponto, a sua saúde financeira já está crítica. Tome as devidas atenções para que no próximo ano você possa usufruir e descansar no nosso tão querido e merecido período de férias.
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