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Segundo dia de debates sobre o fracking tem representantes de entidades da Agricultura

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(Descrição do áudio))

No segundo dia de debates do Seminário “Fracking, Consequências Sociais, Ambientais e Econômicas na Região do Aquífero Guarani”, os deputados das Comissões de Agricultura, do Mercosul e Assuntos Internacionais e  da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembleia receberam representantes da Faep e Ocepar, entre outras entidades ligadas ao setor da agricultura no Paraná. No Plenarinho,  mais uma vez todos defenderam aprofundar mais as pesquisas sobre o método do fracking na extração do gás de xisto.

  Além dos projetos na Assembleia  para proibir ou adiar a exploração, apresentados pelo deputado Rasca Rodrigues (PV), ele próprio  diz que também seria preciso criar  legislações municipais nas cidades paranaenses, onde se cogita a exploração, já que o Estatuto das Cidades prevê que leis sobre o uso e ocupação dos solos, cabem aos municípios.

 (Sonora)

 O vice-presidente da Comissão de Agricultura, Fernando Scanavaca (PDT), concorda que o tema precisa ser muito debatido antes de qualquer medida.

 (Sonora)

  Especialistas, como o engenheiro, coordenador-geral da Coalizão Não Fracking Brasil, Juliano Bueno de Araújo,  afirmam  que o método custa menos que o convencional, mas que causa danos irreparáveis  ao Meio Ambiente.

(Sonora)

  Pelo método fracking ou não-convencional, o solo é  perfurado  numa camada mais próxima da superfície,  onde se explodem  rochas para extrair o gás de xisto.  Essa fratura das rochas originou o termo fraturamento hidráulico.  Em países onde o método é adotado, já surgiram problemas ambientais. Caso dos Estados Unidos e Canadá. Na Argentina não se tem notícia de contaminação, até porque a exploração lá é feita no deserto, porém países como a China, já deixaram de importar maçãs produzidas no país vizinho, em função do fracking.  

No Paraná, se o gás  for explorado pelo método, isso aconteceria em 123 municípios, que têm o subsolo rico em reservas de xisto. A maior parte deles fica nas regiões  Oeste e Sudoeste. E também é onde estão localizados os aquíferos Guarani e Serra Geral, que são as fontes  de água que correm o risco de serem atingidas. Com isso,  água  poderia ser contaminada pela exploração.

 Para o presidente do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia, Ricardo Zandoná,  a atitude da Assembleia em debater o tema é fundamental para que o Governo do Estado,  por meio da Copel, possa se posicionar.

(Sonora)

O gás de Xisto pode ser transformado em combustível, asfalto, além de poder ser usado na fabricação de solventes. Mas  os ambientalistas garantem: se explorado pelo método fracking,  ele  é altamente poluente e  provoca a contaminação do ar, da água e do solo, eliminando a biodiversidade e impedindo o desenvolvimento agrícola dos locais atingidos.

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