Um catarinense de Itajaí que fez carreira política vitoriosa no Paraná Mário Pereira, engenheiro de formação, foi deputado estadual, secretário de Estado e vice-governador, completando o Governo Requião em 1994.

22/11/2018 14h31 | por Sandra C. Pacheco
Ex-governador Mário Pereira.

Ex-governador Mário Pereira.Créditos: Pedro de Oliveira/Alep - Pintura de Vilmar Lopes - Acervo: Galeria de ex-governadores do Palácio Iguaçu.

Ex-governador Mário Pereira.

Mario Pereira nasceu em Itajaí (SC) em 4 de abril de 1945, filho de José Luiz Pereira e Vera Meyer Pereira. Formou-se em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa Catarina em 1967. Em 1968 foi contratado por uma empresa de engenharia paulista para atuar em Cascavel, município do Oeste paranaense. Lá constituiu empresa de engenharia em 1973, ano em que também se filiou ao MDB, assumindo a presidência do diretório municipal do partido dois anos depois, cargo que manteve até 1983.

Com o fim do bipartidarismo e a reorganização partidária em 1979, ingressou no PMDB. Em novembro de 1982 elegeu-se deputado estadual. Reelegeu-se em 1986, mas deixou o posto em março de 1987 para assumir a Secretaria de Estado de Administração, atendendo convite do governador Álvaro Dias. Em abril de 1990 deixou a secretaria para compor a chapa do PMDB ao Palácio Iguaçu, que era encabeçada pelo ex-deputado e ex-prefeito de Curitiba, Roberto Requião, que foi vitoriosa no pleito.

Palácio Iguaçu – Em março de 1991 assumiu a Vice-Governadoria, acumulando o cargo com a chefia da Secretaria de Estado dos Transportes e a presidência da Ferroeste – Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A., sociedade de economia mista com o Governo do Estado como principal acionista, criada para fazer a ligação entre Guarapuava e Dourados, no Mato Grosso do Sul, atendendo os produtores de grãos do Oeste e Extremo Oeste do Paraná, Mato Grosso do Sul, Paraguai e norte da Argentina. Embora a iniciativa não tenha se completado conforme o projeto original, hoje a ferrovia escoa anualmente 1,5 milhão de toneladas, principalmente grãos (soja, milho e trigo), farelo e contêineres com destino ao Porto de Paranaguá.

Pereira assumiu interinamente o governo em várias ocasiões, devido a impedimentos do titular em 1994. Depois, quando Requião desincompatibilizou-se para disputar uma vaga ao Senado, em 1994, completou seu mandato. Nesse período começaram também as divergências entre Pereira e Requião. Na sucessão presidencial, Mário Pereira chegou a manifestar a intenção de apoiar o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mas em setembro decidiu-se pelo tucano Fernando Henrique Cardoso.

Afastou-se de Requião e determinou à Casa Civil a realização de uma sindicância para apurar denúncias de uso indevido de recursos públicos na gestão do antecessor, para custear selos, envelopes e etiquetas na campanha para o Senado. O caso se arrastou na Justiça Eleitoral sem comprovação das denúncias. Mário passou o Governo do Estado a Jaime Lerner em janeiro de 1995, e em maio elegeu-se presidente do diretório regional do PMDB, numa queda de braço com Requião. Permaneceu na função até 1998, quando o senador retomou o diretório.

Voltou às atividades de engenheiro, dedicando-se à conservação de energia. Em 1997 foi contratado pela Inepar S.A. Industria e Construção. Dois anos depois assumiu em Cuiabá (MT) a Diretoria de Programas Especiais das Centrais Elétricas Mato Grossenses (CEMAT), empresa controlada pelo grupo Rede de São Paulo e pela Inepar. Em 1998 sua mulher, Marlene Casagrande Pereira, disputou uma vaga na Assembleia Legislativa, mas não se elegeu.

Em agosto de 2009, juntamente com 600 dissidentes do PMDB de Cascavel, Mário Pereira filiou-se ao PDT para apoiar a pré-candidatura do senador Osmar Dias, que viria a disputar o Governo do Estado com Requião em 2010. Pereira ainda presidiu a Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Oeste do Paraná, foi membro do Conselho Deliberativo da Associação Comercial e Industrial de Cascavel e, mais recentemente, coordenador do Conselho Politico da Associação Comercial do Paraná. Este ano promoveu, ao lado do empresário Chico Simeão, evento de apoio à candidatura do senador Álvaro Dias à Presidência da República.

A Câmara Municipal de Cascavel inaugurou um memorial em homenagem a Pereira em 2016, em agradecimento a seu empenho na defesa das causas da região, atuando decisivamente na criação da Ferroeste, na estadualização da Fecivel, hoje Unioeste, e na fundação do Hospital Regional, hoje transformado em Hospital Universitário.     

 

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