Frente do Coronavírus debate segurança dos trabalhadores e lotação nos ônibus

14/04/2021 14h20 | por Cláudia Ribeiro
Podcast Reunião da Frente do Coronavírsu debateu a saúde e segurança dos trabalhadores em atividade essencial.

Reunião da Frente do Coronavírsu debateu a saúde e segurança dos trabalhadores em atividade essencial.Créditos: Reprodução

Reunião da Frente do Coronavírsu debateu a saúde e segurança dos trabalhadores em atividade essencial.

O que realmente é atividade essencial? Qual o percentual de passageiros dentro dos ônibus é seguro para evitar a disseminação da Covid-19? Não seria necessário um banco de dados sobre quais e quantas as áreas com trabalhadores mais infectados? Estas foram as principais questões levantadas durante a 17ª reunião remota da Frente Parlamentar do Coronavírus da Assembleia Legislativa do Paraná, que aconteceu na manhã desta quarta-feira (14), que tratou do tema SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES EM ATIVIDADES ESSENCIAIS, por sugestão do deputado Goura (PDT), integrante da Frente.

O coordenador do grupo, o deputado Michele Caputo (PSDB), iniciou defendendo a  circulação do transporte coletivo com apenas 50% de ocupação.

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Todos os participantes concordaram com a afirmação e foram além: alegaram que é imprescindível se definir o que é atividade essencial.  E que isso passa justamente pela questão do transporte coletivo.

Pelo Fórum da Liberdade Sindical, Alberto Emiliano destacou a importância de se qualificar os boletins epidemiológicos, com dados como categoria, faixa etária e locais onde as contaminações ocorrem, quem são os trabalhadores mais acometidos pela Covid-19 para que as empresas e os sindicatos possam minimizar os efeitos da doença sobre os trabalhadores. A doença pode inclusive ser classificada acidente de trabalho. Para quem, entre outras coisas, a Previdência Social possa ser acionada.

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O médico Zuher Handar, especialista em Medicina do Trabalho, reforçou que a exposição inadequada no ambiente de trabalho é responsável por 30% das transmissões. Na visão do especialista, reduzir os contatos no trabalho, diminui a probabilidade de 40% no contágio.  Ele também defendeu um banco de dados sobre os trabalhadores que chamou de invisíveis e aproveitou para sugerir que a Assembleia aprove um projeto determinando quantas e quais são essas atividades.

Margaret Matos de Carvalho, procuradora-chefe do Ministério Púbico do Trabalho criticou a ampliação do número de atividades essenciais. Ela explicou que, pela legislação, são 15 as atividades relacionadas, enquanto que o Decreto estadual aumentou esse número para 43 e o municipal chegou a 50. Pela legislação, seria   necessário saber se essas atividades são realmente essenciais, e discutir se elas oferecem risco ou não à saúde e à segurança do trabalhador, assim, ofertando equipamento de proteção individual adequado, definir o real percentual de passageiros e incluir esses profissionais como prioridade na vacinação.

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Alexandro Guilherme Jorge,  presidente do SINDIPETRO PR/SC denunciou a condição desfavorável de trabalho em que se encontram os trabalhadores da Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária região Metropolitana de Curitiba, que começaram esta semana uma greve sanitária em função das más condições de trabalho.

  Sandro Silva, economista do Dieese Paraná falou sobre o impacto da pandemia na renda dos trabalhadores, resgatando a situação antes da pandemia, já que o Paraná tinha uma taxa de desemprego altíssima. Segundo ele, resultado do baixo crescimento econômico do estado e das mudanças na Lei Trabalhista, agravado com a pandemia.

Também participaram da reunião José Baka Filho, do Movimento Sindical do PDT Paraná;  Sérgio Butka, do  Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba e da Força Sindical, Danielle Cipriani Presiazniuk,  coordenadora de Segurança e Saúde para Indústria da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP),  Marcos Ventura, do Movimento  Intersindical dos Portos do Paraná e presidente do Sindicato dos Vigias Portuários, os deputados Professor Lemos (PT), e Soldado Fruet (PROS), que  avaliou o transporte público como um vetor de transmissão da Covid-19. E sugeriu um boicote aos ônibus, com apoio do poder público e empresários.

Reforçando a importância do controle no transporte público,  Suelin Glinski,  chefe do departamento do Trabalho da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, disse que tem recebido uma série de solicitações e de muitas  áreas diferentes  e repassado as demandas ao governador, por meio do  Conselho Estadual do Trabalho. Conselho que, aliás, deverá contar com integrantes dos movimentos sindicais e da própria Frente Parlamentar.

Ela falou sobre medidas tomadas pela Rede de Atendimento ao Trabalhador, agendamento pela internet, incluindo o Seguro Desemprego; adotando os protocolos sanitários e também estão transformando os espaços das Agências do Trabalhador para orientar sobre empreendedorismo e investindo em qualificação e acesso a linhas de crédito para os trabalhadores.

A próxima reunião da Frente está marcada para a próxima segunda-feira (19), com a participação de uma série de convidados para tratar do tema: Fura-Fila das Vacinas contra a COVID-19.

 

 

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