Francisco Xavier Da Silva
Francisco Xavier Da Silva era filho de David Antônio Xavier da Silva e Generosa Monte Carmello.
Nasceu em Castro (PR) e foi um dos maiores presidentes do Estado do Paraná.
Cursou o primário em Castro e estudou humanidades em Curitiba. Em São Paulo diplomou-se em Ciências Jurídicas e Sociais.
Quando estudante, foi sócio fundador do primeiro clube Republicano, instalado na Província, isto antes da proclamação da República.
Possuía alto tino administrativo.
Dentre os governadores do Paraná foi um dos que mais serviços prestaram ao Estado.
Auxiliou com pensões indústrias florescentes; procurou difundir a instrução primária por toda a região do Paraná.
Reconhecendo que as boas vias de comunicação são fatores essenciais ao desenvolvimento do comércio e da indústria, tratou de aumentá-las. Melhorou também as que havia e se achava em mau estado de conservação.
Xavier da Silva, chamado por muitos “O Velho” e, em virtude de seu feitio introspectivo, que o tornava um esquisitão, pela maioria alcunhado de “O monge”, foi eleito presidente do Estado em três quatriênios, 1892, 1900 e 1908.
Filiado ao Partido Liberal, no regime republicano, porém, quando na suprema magistratura do Estado, procurava alheiar-se das injunções partidárias para poder governar. Assim, durante os 12 anos de administração, realizou inúmeras obras, sagrando-o um dos maiores construtores do Paraná moderno.
Em seus mandatos surgiram pontes, estradas, prédios escolares e edifícios públicos: o Ginásio Paranaense (atual Secretaria de Educação), o Quartel da Polícia Militar, o Tribunal de Justiça...
No período do Império, o Partido Liberal estava no poder por ocasião do advento da República, em 1889 e os Conservadores na oposição. Por isso se deu um fato estranho: os conservadores abraçaram a causa republicana e justamente os liberais, tido como mais avançados, permaneceram mais tempo fiéis aos antigo sistema.
Conta-se que Xavier da Silva recebeu a notícia da proclamação da República quando se encontrava despreocupadamente jogando uma partida de xadrez, seu jogo predileto, em um clube em Castro. Ao refazer-se do susto deu um pulo derrubando a cadeira em que estava sentado ao mesmo tempo que exclamava: “Não pode ser! Silveira Martins rebela o Rio Grande”. O grande basileiro era a esperança de salvação do Império. Ele de fato incendiou os pampas sulinos, mas a República se consolidou.
Xavier da Silva faleceu em 22 de junho de 1922.

Informações obtidas no livro "130 anos de vida Parlamentar Paranaense", 1954, de Maria Nicolas.

* (As informações contidas no perfil do deputado são de responsabilidade da assessoria do próprio parlamentar)

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