
Créditos: Flávia Prazeres
A Assembleia Legislativa promove nesta quinta-feira (18), a partir das 13h30, no Plenário, a segunda audiência pública para discutir o novo valor do salário mínimo regional, que pode passar das atuais variações de R$ 605,52 a R$ 629,45 para R$ 663,00 a R$ 765,00, pago às categorias que não têm acordo coletivo. Além disso, deputados, empresários e trabalhadores irão discutir a possibilidade de a política salarial adotada no Governo Requião passar a ser permanente em governos futuros. O coordenador de Estudos, Pesquisas e Relações do Trabalho da Secretaria de Estado do Trabalho, Núncio Mannala, apresentará um vídeo e fará explicações sobre a iniciativa do governo estadual, que se aprovada pode representar reajuste que varia entre 9,5% e 21,5%. Na sequência, a presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Avani Tortato Slomp Rodrigues, também falará sobre o reajuste e suas implicações no meio empresarial. O debate contará ainda com a participação de empresários e deputados. A audiência pública terá também a participação de representantes do Ministério Público, da Força Sindical, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, da Central Geral dos Trabalhadores e do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Londrina e Maringá também sediará as audiências públicas sobre o mínimo regional. As discussões estão agendadas para o próximo dia 25. Em Maringá o debate será às 10 horas e, em Londrina, a partir das 17 horas. Os debates acontecerão na Câmara Municipal de cada cidade. FOZ – A primeira audiência pública sobre o piso regional foi realizada em Foz do Iguaçu. O evento sinalizou a possibilidade de um acordo entre empresários e trabalhadores. Durante o encontro, representantes do setor empresarial alegaram que o aumento pode ser discutido, mas pediram cuidado para evitar que isso possa gerar demissões, em virtude de o aumento onerar o custo da produção. Em contrapartida, há um estudo do Ipardes identificando que a média salarial paga no Estado já está acima do valor do piso nacional em vigor. Portanto, eles não acreditam que o aumento do mínimo regional possa implicar em desempregos. CRIAÇÃO – O mínimo regional foi criado em 2006, durante a gestão do governo Requião, tendo o primeiro valor ficado estipulado em R$ 437,00, pago às categorias que não têm acordo coletivo. No ano passado, o reajuste foi de 14,9%, fixando os valores em seis faixas salariais variáveis entre R$ 605,52 a R$ 629,65, o que, segundo o governo, beneficiou diretamente 174 mil empregados domésticos, no comércio e em atividades rurais, entre outras categorias, e injetou R$ 754 milhões anuais na economia paranaense.