Durante a sessão plenária desta quarta-feira (25) os deputados lamentaram o falecimento da antropóloga, Ruth Cardoso, que durante o mandato de seu marido, o ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso (FHC), criou o Projeto Comunidade Solidária.O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Nelson Justus (DEM) também lastimou a perda: “Ruth Cardoso cumpriu com suas funções públicas não apenas com grande competência, semeando justiça social por intermédio do Comunidade Solidária, embrião dos programas atuais de distribuição de renda do governo federal, como se mostrando uma mulher simples, sem nenhum deslumbramento”A deputada Cida Borghetti (PP), que presidia a sessão plenária no momento, solidarizou-se com a família e externou seus votos ao ex-presidente da República, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso.BIOGRAFIA - A antropóloga Ruth Vilaça Correia Leite Cardoso nasceu em Araraquara, interior de São Paulo, no dia 19 de setembro de 1930. Formou-se em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), onde conheceu Fernando Henrique Cardoso, com quem se casou e teve três filhos.Durante o mandato de FHC, além de ter fundado o Comunidade Solidária, - atual organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) Comunitas, - exerceu cargos de destaque como o de presidente do conselho assessor do Banco Interamericano de Desenvolvimento sobre Mulher e Desenvolvimento, membro da junta diretiva da UN Foundation e da Comissão da Organização Internacional do Trabalho sobre as Dimensões Sociais da Globalização e da Comissão sobre a Globalização.A antropóloga é pós-doutorada pela Universidade de Colúmbia, em Nova York. Professora na USP e pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) Ruth Cardoso era membro do Centro para Estudos Latino-Americanos da Universidade de Cambridge (Inglaterra). Ela também lecionou nas universidades do Chile, de Berkeley e Colúmbia.Ela publicou vários livros e trabalhos sobre imigração, movimentos sociais, juventude, meios de comunicação de massa, violência, cidadania e trabalho. Uma de suas obras, “A Aventura Antropológica: Teoria e Pesquisa”, tornou-se bibliografia básica da área.