Os deputados aprovaram, em segunda discussão, o projeto que cria a Companhia Independente de Policiamento e Operações de Fronteira (Cipofron), localizada em Guairá. A projeção de gastos com pessoal para os anos de 2009, 2010 e 2011 é de R$ 1,041 milhões. As duas emendas, apresentadas pelo deputado Edson Strapasson (PMDB) foram rejeitadas, mas o projeto ainda deve passar por mais duas votações antes de ser enviada ao Executivo.Conforme a proposta, a Companhia contaria inicialmente com um efetivo de 60 policiais, e mais tarde seria composta por 282 soldados. A primeira emenda rejeitada estabelecia que o número de soldados aumentasse num prazo máximo de 18 meses, ao contrário do que diz o texto original, progressivamente e em conformidade com as disponibilidades do Estado. Segundo o parecer do líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a proposta seria de competência privativa do governo estadual.Já a segunda emenda pretendia permitir o remanejamento de policiais de outras regiões para compor a Cipofron num prazo máximo de 360 dias, desde que observado os critérios na relação direta de quantos policiais deve haver por habitante em cada cidade. Mas, de acordo com a justificativa dada por Romanelli em seu parecer, a alteração pretendida seria irregular porque representaria aumento de despesas, além do que deveria estar acompanhada do impacto financeiro.Segundo justificativa do governo estadual, a iniciativa deve atender uma área, que conforme informações da Polícia Federal, representa 13% das apreensões realizadas no País e 46% das apreensões de entorpecentes realizadas na Região Sul. Por isso, os integrantes da nova corporação receberão um treinamento especializado para atuar no controle de fronteira e no combate do narcotráfico, sendo considerada uma situação especial, os integrantes da unidade terão a chamada indenização de representação, um soldo a mais, assim como a gratificação de localidade especial, atualmente fixado na base de 20% do soldo.Para a instalação o projeto ainda prevê os recursos materiais necessários, entre eles, armamento, munição, viaturas, fardamento e equipamentos especiais, tais como radares de detecção de movimento, telefones satélites e visor noturno. O investimento, de acordo com o governo, deve representar um acréscimo na folha de pagamento de mais de R$ 28 mil ao mês, um percentual de 0,007% na folha da Policia Militar, que gira em torno de R$ 40 milhões mensais. A previsão orçamentária do impacto para 2009 é de R$ 289.168,60 e em 2010 e 2011 é de R$ 375.919,18.