30/10/2008 13h13 | por Assessoria de Imprensa da ALEP / Luana Borsari / 41 3350-4188
Por proposição da deputada Cida Borghetti (PP), a Assembléia Legislativa concedeu ao neurologista curitibano Paulo Bittencourt, o título de Cidadão Benemérito do Estado, nesta quinta-feira (30). Segundo o presidente Nelson Justus (DEM) os deputados tem sido rígidos na escolha dos homenageados. “Cerimônias como esta estão sendo cada vez mais raras nesta Casa. Selecionamos a dedo as pessoas que merecem receber tal honraria”, afirmou. Ele também disse que a Assembléia fez uma justa homenagem. “Eu penso que devemos prestar nosso reconhecimento aos homens bons, como o dr. Paulo, enquanto estão entre nós, para que possam receber os cumprimentos da sociedade pelo bem que fizeram. Sinto-me envaidecido por presidir esta sessão tão especial, dedicada a este ilustre profissional paranaense, que é reconhecido nacional e internacionalmente”, declarou. Cida Borghetti disse que a história de Bittencourt merece ser contada e reverenciada pelas futuras gerações de paranaenses. “Deus deu a cada um uma missão e é um prazer poder parabenizar a bela jornada que o dr. Paulo construiu no cumprimento da missão que lhe foi confiada”, afirmou. Paulo Bittencourt nasceu em Curitiba, em quatro de dezembro de 1953. Formou-se em medicina na Universidade Federal do Paraná, em 1976. Foi pesquisador clínico e residente em medicina interna, neurologia e farmacologia clínica em Londres, de 1977 a 1982, no hospital Nacional para Neurologia e Neurocirurgia. É PHD em neurologia (farmacologia Clínica) pela University of London, em 1981, revalidado pela USP em 1982. Também neste ano, foi professor auxiliar de neurologia da Universidade Federal da Bahia.De 1987 a 2001, foi chefe dos serviços de neurologia e neurofisiologia do Hospital Nossa Senhora das Graças. Fundou em 1987 a unidade de neurologia clínica, da qual é diretor-presidente. É membro do corpo clínico dos Hospitais Santa Cruz (desde 1982) e Vita (desde 2001). Em 1991, foi professor titular de clínica médica (Doenças do Sistema Nervoso), da Universidade Federal do Paraná. De 1986 a 1990, foi presidente da Liga Brasileira de Epilepsia. De 1989 a 1993, foi 1° vice-presidente da Liga, onde também foi coordenador da Comissão de Doenças Tropicais (1989-93 e 1993-97), Membro das Comissões de Planejamento (1989-93 e 1993-97), Drogas Antiepiléticas (1993-97) e de Estratégias Terapêuticas (1997-2001). Professor visitante de Universidades na Inglaterra, País de Gales, Cincinnatti, New York, Ohio e Califórnia. Possui mais de 130 artigos publicados em revistas médicas, seis livros, 44 capítulos de livros, 60% internacionais e indexados. Quarenta e oito folhetos e artigos da mídia leiga, sociedades médicas ou outras profissões ligadas à saúde. Até 1999 havia realizado 303 apresentações e congressos médicos em cinco continentes. Fundador, editor e revisor e membro do conselho editorial de revistas neurológicas no Brasil, Colômbia, México, Estados Unidos, Escandinávia e Inglaterra. Recebeu 16 prêmios, moções de reconhecimento por mérito profissional ou científico, recebidos em vários países, solo ou em conjunto com membros da sua equipe. Em outubro de 2005, apresentou em Newport Beach, Los Angeles, os resultados iniciais do tratamento de mobilização de células tronco realizado nos primeiros 14 pacientes com doenças inflamatórias e imunológicas, a maioria com esclerose múltipla, sendo pioneiro internacional dessa forma de tratamento. Em razão do tratamento causar poucas complicações. A apresentação dos resultados gerou expectativa internacional. Segundo Bittencourt, ser agraciado com o título de cidadão Benemérito pela Assembléia Legislativa do Paraná foi uma honra. “Sinto que hoje é o dia mais feliz da minha vida. É como se hoje fosse um resumo do que eu chamo de vida de adulto”, disse. Ao agradecer a Assembléia Legislativa pelo tributo, e a família, pelo apoio, Bittencourt relembrou o pai, já falecido. “Um pouco do que me aconteceu foi herdado da aura do nome de meu pai, que havia morrido enquanto médico, poucos anos antes de eu começar. Não tenho dúvida, que um pouco do dr. Paulo pai ficou comigo, por exemplo, na fama de brabo”. E, aproveitando ensejo manifestou uma expectativa. “Eu espero que agora, tendo que me chamar de Benemérito Paulo, as pessoas mudem desta estação”, frisou.