A primeira audiência pública, que discutirá o novo valor do mínimo regional e a possibilidade de que a política salarial tenha continuidade em governos futuros, acontece nesta sexta-feira (12), a partir das 10 horas, na Câmara Municipal de Foz de Iguaçu. O debate também deve ser promovido no mês de março em Curitiba, Londrina e Maringá. Se aprovado, o valor do mínimo regional passará dos atuais R$ 605,52 e R$ 629,45 para valores que variam entre R$ 663,00 e R$ 765,00, divididos em quatro faixas conforme a categoria profissional. O valor, que será pago a categorias que não têm acordo coletivo, deve passar a valer a partir de 1º de maio. O piso regional deve beneficiar diretamente 350 mil trabalhadores. Nas audiências públicas também deve ser discutido o valor do índice para o aumento anual do piso regional, já que o Executivo pretende tornar permanente no Estado o valor do mínimo diferenciado. O reajuste anual pode variar de 11,9% até 21,5%. Aliás, este é o ponto mais questionado pelos empresários, que alegam ter impactos na economia paranaense, porque iria gerar aumento no custo da produção. De acordo com a justificativa dada pelo governo estadual, os valores têm base em estudos técnicos feitos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), que, aliás, deve participar da discussão sobre o reajuste anual do mínimo regional. Também devem participar do debate representantes do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social. CRIAÇÃO – O mínimo regional foi criado em 2006 durante a gestão do governo Requião, tendo o primeiro valor ficado estipulado em R$ 437,00. O valor é pago as categorias que não têm acordo coletivo. No ano passado, o reajuste foi de 14,9%, fixando os valores em seis faixas salariais variáveis entre R$ 605,52 a R$ 629,65, o que segundo o governo beneficiou diretamente 174 mil empregados domésticos, no comércio e em atividades rurais, entre outras categorias, e injetou R$ 754 milhões anuais na economia paranaense.