Sócios e representantes das empresas garantidoras de crédito foram intimados para prestar depoimentos na reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Condomínios desta terça-feira (2), a partir das 9 horas da manhã, na Sala das Comissões da Assembleia Legislativa.
As empresas garantidoras de crédito são suspeitas de praticar diversas irregularidades para aumentar a dívida de condôminos e, através de processos judiciais, se apropriar de imóveis de inadimplentes. Segundo depoimentos tomados até agora pelos deputados da CPI, existem indícios de que algumas empresas praticam desde a cobrança de taxas ilegais, juros abusivos e até agiotagem, em alguns casos. “Documentos de posse da CPI apontam a existência de empresas registradas como prestadoras de serviço, mas que atuam como factorings, emprestando dinheiro a condomínios, o que caracteriza crime contra o sistema financeiro”, comenta o relator da comissão, deputado Roberto Aciolli (PV).
Nas investigações conduzidas até agora, a CPI apurou algumas empresas, com capital social relativamente pequeno, fazem adiantamentos milionários para adquirir a carteira de condomínios com inadimplência alta. “Já verificamos que as empresas garantidoras dificultam ao máximo a negociação das dívidas que poderiam evitar processos judiciais que culminam na penhora do imóvel para quitação das dívidas”, comenta o deputado Leonaldo Paranhos (PSC), presidente da CPI.
A CPI dos Condomínios é composta pelos deputados Paranhos, Roberto Aciolli, Tadeu Veneri (PT), Rasca Rodrigues (PV), Luiz Claudio Romanelli (PMDB), Nelson Luersen (PDT) e Cantora Mara Lima (PSDB).