Deputada Cida Borghetti (PP) iniciou movimento contrário a construção do presídio. O anúncio da retomada das obras para construção de um presídio em regime semiaberto em Maringá, feito pelo governador Roberto Requião no último dia 11, é motivo de preocupação da comunidade local e vem desencadeando diversas manifestações contrárias ao projeto.O Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg), Prefeitura Municipal, deputados, vereadores e comerciantes temem que a cidade passe a receber bandidos perigosos de várias partes do Estado, com liberdade para circularem livremente pela cidade durante o dia.A primeira a se manifestar formalmente contrária ao projeto do governo foi a deputada Cida Borghetti (PP). Ainda em maio deste ano, Cida apresentou indicação legislativa na Assembleia sugerindo mudança de destinação no prédio a ser construído entre a Penitenciária Estadual de Maringá e o Centro de Detenção Provisória. Ao invés de uma unidade em regime semiaberto, a deputada propôs ao secretário da Justiça, Jair Ramos Braga, que o novo prédio abrigue uma unidade de produção industrial. “Durante o dia os presos seriam transferidos para o novo espaço onde teriam oportunidade de aprender um ofício, permitindo a verdadeira inclusão social após a liberdade”, justificou Cida Borghetti. A proposta da deputada é a mesma apresentada pelo Conseg e Prefeitura no início desta semana, durante reunião na Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim). Segundo Everaldo Belo Moreno, diretor-executivo do Conseg, a abertura do presídio significa o “caos para a segurança pública de Maringá”. Segundo Moreno, pesquisas mostram que 80% dos presos desse tipo de regime voltam a praticar crimes e 40% fogem. OBRASO governador Roberto Requião anunciou no último dia 11 que as obras do presídio de regime semiaberto em Maringá seriam retomadas. O governo estadual abriu licitação e prevê retomar a construção em 2010. As obras do novo presídio estão paradas desde 2003, por causa de uma discussão judicial. O Estado entrou com pedido de indenização contra a empreiteira que abandonou a obra e, de acordo com Requião, conseguiu retomar o projeto.A construção do presídio custará R$ 4,8 milhões, sendo R$ 2,8 milhões do Ministério da Justiça e R$ 2 milhões do Estado. A unidade terá capacidade para 300 presos.