O deputado estadual delegado Tito Barichello (União), fez um alerta sobre o avanço preocupante dos casos de suicídio no Brasil e no Paraná, reforçando a importância da Campanha Setembro Amarelo e da ampliação de políticas públicas voltadas à saúde mental.
Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou 16.446 mortes por suicídio em 2024, ocupando o 8º lugar no ranking mundial. No Paraná, foram 912 registros, um aumento de 12,6% em comparação com 2023. “Esses números são mais do que estatísticas. Eles mostram vidas perdidas e famílias devastadas. Precisamos agir com urgência e responsabilidade”, afirmou o deputado.
A situação é ainda mais crítica entre os profissionais da segurança pública. Em 2023, o suicídio se tornou a principal causa de morte entre policiais civis e militares da ativa, superando até os óbitos em confrontos. A taxa é quase oito vezes maior do que na população em geral. “Como delegado e representante da segurança, líder do Bloco Parlamentar de Segurança Pública na Alep, esse dado é extremamente preocupante e exige atenção imediata. Precisamos cuidar de quem cuida da sociedade”, destacou Barichello.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio representa 1 a cada 100 mortes no mundo e é a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Transtornos como ansiedade e depressão, que já afetam mais de 1 bilhão de pessoas globalmente, estão entre os principais fatores de risco.
No Paraná, o deputado delegado Barichello tem se posicionado de forma ativa na defesa da saúde mental com projetos de lei que ampliam o enfrentamento ao problema. Entre eles, destacam-se duas propostas em tramitação na Assembleia Legislativa:
- O Projeto de Lei nº 459/2024 institui a Campanha Permanente de Conscientização sobre a Depressão das Pessoas Idosas. A proposta prevê ações educativas, campanhas informativas e capacitação de profissionais para garantir um envelhecimento com mais dignidade e saúde emocional. “A depressão na terceira idade é silenciosa, mas devastadora. É preciso romper esse silêncio com informação e acolhimento”, ressalta o deputado.
- Já o Projeto de Lei nº 195/2023 cria o Programa Educativo de Sensibilização para Prevenção e Combate ao Uso de Mídias Sociais, Jogos Eletrônicos e Brincadeiras que induzam crianças e adolescentes à violência, automutilação e suicídio. A proposta será aplicada em escolas públicas e privadas, envolvendo toda a comunidade escolar. “Não podemos permitir que jovens sejam expostos a conteúdos que colocam em risco suas vidas. O Estado tem o dever de proteger e educar”, enfatizou o parlamentar.
- O Projeto de Lei nº 236/2025 propõe a criação de um cadastro sigiloso para registrar casos de suicídio, vitimização e doenças psicológicas entre profissionais da segurança pública do Paraná. O objetivo é subsidiar políticas públicas voltadas à saúde física e mental desses agentes, enfrentando a crescente crise na área. A iniciativa permite mapear e prevenir casos, com apoio de instituições parceiras, respeitando a legislação vigente e alinhando-se a diretrizes nacionais de valorização da categoria.
“Setembro Amarelo não pode ser apenas um símbolo no calendário. Ele precisa gerar ação, mudança e acolhimento real para quem sofre em silêncio”, concluiu o deputado Barichello.
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