A Assembleia Legislativa aprovou ontem, em primeira discussão, um projeto de lei de autoria do Poder Executivo que cria a Companhia Independente de Policiamento e Operações de Fronteira de Guaíra. Composto inicialmente por 70 policiais, o grupo será responsável pelo combate ao tráfico de drogas, armas e munições em uma das regiões mais violentas do estado. A Companhia de Guaíra ficará encarregada do combate e repressão aos crimes cometidos nas regiões de fronteira e de divida com o Paraná, coibindo ocorrências relacionadas ao tráfico de armas e de drogas, através de operações terrestres, aéreas, aquáticas e ribeirinhas, conforme missões determinadas ou operações específicas. O texto apreciado ontem pelo legislativo foi elaborado a partir de um projeto de indicação do presidente da Comissão de Segurança Pública da Casa, deputado Mauro Moraes (PMDB). A proposta do parlamentar, no entanto, previa a criação de um Batalhão especial em Guaíra composto por, no mínimo, 800 policiais que atuariam em parceria com a Polícia Federal. Na mensagem do governo é mencionado o recrutamento inicial de 70 homens. Moraes voltou a afirmar que irá apresentar uma emenda para que o número de profissionais seja pelo menos o dobro do que determinada a matéria aprovada ontem, substituindo a companhia por um Batalhão. “É preciso aproveitar a estrutura que será criada para ampliar o número de policiais treinados”, defendeu Moraes. Helicóptero O governo aproveitou a discussão do projeto em primeiro turno na Casa para anunciar a compra de um helicóptero para o patrulhamento aéreo da fronteira. Os recursos para a compra já estavam previstos no orçamento através de uma emenda apresentada por Moraes. Segundo o parlamentar, além da compra do helicóptero ainda há volume no caixa suficiente para atender outras demandas da segurança pública, como o reajuste salarial para policiais militares e civis. Moraes apresentou uma emenda à proposta de aumento salarial para o funcionalismo público -o qual será submetido hoje ao plenário - para que os 6% previstos na matéria sejam somados aos 14,9% concedidos aos trabalhadores da iniciativa privada através do mínimo regional. A medida beneficiaria exclusivamente aos policiais das duas corporações. “As categorias que estão com seus vencimentos defasados não podem receber apenas um aumento que corresponda às perdas ocasionadas pela inflação’, argumenta.