“Chegamos ao extremo da criminalidade. É preciso que as autoridades tomem medidas rígidas para conter a violência”, disse ontem o presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa, deputado Mauro Moraes, após receber os números referentes ao mapa do crime no Paraná. Segundo o parlamentar, assim como ocorreu no estado de São Paulo - que adotou ações incisivas contra o tráfico e outros crimes, o que provocou uma queda significativa nas estatísticas relacionadas à violência-, o Paraná também deve investir pesado em uma cruzada contra a criminalidade. De imediato, o deputado defende a contratação de 5 mil novos policiais militares e 2 mil civis. Além do aumento do efetivo das duas corporações, Moraes argumenta que também é preciso garantir remuneração compatível com o serviço prestado pelas policias civil e militar, instalação de módulos policiais na capital e interior, bem como a compra de armamento sofisticado para a policia. Na parte estrutural, o presidente da comissão de Segurança diz que também é fundamental a compra de mais viaturas para as duas corporações. No caso da PM, é caso de emergência a aquisição de pelo menos dois helicópteros. O Paraná é um dos poucos estados que não possui helicóptero, assim como o Piauí, Maranhão e Ceará. “É preciso fazer um policiamento aéreo nas regiões mais violentas do estado e, principalmente, nas fronteiras”, disse. Além do policiamento aéreo, Moraes defende a criação de um batalhão de policiamento ostensivo para cuidar de nossas divisas. “É preciso que se faça uma verdadeira cruzada contra o tráfico, responsável por 80% dos crimes cometidos no estado”, salientou. “Será preciso investir muito em segurança para reduzir os índices de criminalidade no Paraná. Se nada for feito, teremos que tomar medidas extremas, como a obrigação do toque de recolher”, disse Moraes. De acordo com o parlamentar, sem policiamento em regiões violentas da capital, por exemplo, será preciso até mesmo fechar os bailões e outros bares após a meia noite. Na capital, a guarda municipal tem colaborado com a segurança, assim como a Secretaria Municipal de Combate às Drogas tem investido em ações para reduzir a criminalidade. “No entanto, para a segurança de todo o Paraná, necessitamos de uma ação conjunta, unindo os municípios, estado e também o governo federal, que pode colaborar com o fechamento de nossas fronteiras”, pontuou. “Há condições de se fazer tudo isso, pois, para este ano, o Paraná está com orçamento 34% maior em relação o ano passado para a área. Ou seja, temo R$1,7 bi para gastar com segurança, isso sem incluir as verbas que vem do governo federal”, afirmou.