11/02/2009 18h21 | por Sonia Maschke - Jaime Santorsula Martins / 41 3350-4193
Os deputados da Oposição apresentaram nesta quarta-feira (11) um pedido de informações sobre as transações, a partir de 2006, de compra e venda de energia pela Companhia Paranaense de Energia (Copel).“Fomos informados que ocorreram algumas negociações cujos valores não foram divulgados e agora buscamos detalhes para saber se essas operações foram boas ou más para a empresa e seus sócios”, apontou o líder da Oposição, deputado Élio Rusch (DEM).O parlamentar alertou para o fato de a Copel ter participado de uma concorrência promovida pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) em 2008, para entrega de energia a partir de 2013.De acordo com as informações recebidas pelo deputado, a Cemig queria comprar energia e abriu uma licitação. A Copel vendeu pelo preço que a empresa mineira se propôs a pagar. A questão, segundo a denúncia, é que se havia a projeção de um excedente de energia no Paraná, por que a Copel não abriu uma licitação para alcançar um preço mais alto pela energia a ser vendida. Outra preocupação levantada é o comprometimento para o início do fornecimento de energia em tão longo prazo. No requerimento, Rusch requisita ainda as projeções para a geração de energia pela Copel e da demanda em sua rede de distribuição até o ano de 2017, além de um comparativo, a partir de 2006, entre o custo da energia gerada, preços de venda para terceiros e preços de venda para os clientes de sua rede de distribuição.O líder do governo, deputado Luiz Cláudio Romanelli pediu para discutir o requerimento, adiando, desta forma, a votação para a próxima sessão plenária, no dia 16. CohaparTambém foi objeto de questionamentos pela Oposição a informação de que algumas prefeituras doaram terrenos à Cohapar para construção de conjuntos habitacionais e até o momento não tiveram as obras iniciadas. A bancada apresentou um pedido de informações ao chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, e ao presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca, pedindo explicações dessas doações e também um detalhamento das obras da Cohapar. “Sabemos que a situação da Cohapar está caótica. Na sessão da última terça-feira (10) um deputado do PMDB disse que a empresa está falida”, alertou o deputado Élio Rusch (DEM), líder da Oposição. “Recebemos informações de que prefeituras compraram os terrenos e cederam à Cohapar para a construção dos empreendimentos, mas até agora nada de tijolo assentado”, informou.O deputado quer saber quais são as cidades que, a partir de 2005, destinaram áreas para os programas de habitação da Cohapar cujas obras ainda não tenham sido iniciadas e a previsão para o início da construção. Requer ainda dados sobre os municípios em que há a construção de conjuntos habitacionais em andamento, com as datas previstas para a conclusão.Para finalizar, o deputado quer saber a origem dos recursos. “Quero saber se estas obras estão ou serão construídas com dinheiro do Governo do Estado e da própria Cohapar ou se são recursos oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal”, concluiu.O líder do governo, deputado Luiz Cláudio Romanelli pediu para discutir o requerimento. A votação foi adiada para segunda-feira (16).