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Liderança de Governo - Deputado Luiz Claudio Romanelli (pmdb)

Luiz Cláudio Romanelli aponta “visão estreita” de quem compara um bem natural ao mercado das telecomunicações Pretender que o direito de acesso à água, um patrimônio natural da humanidade, siga os moldes da abertura do mercado de telecomunicações revela uma percepção estreita sobre direitos humanos, disse nesta quinta-feira (19) o líder do governo na Assembléia Legislativa, Luiz Cláudio Romanelli. O parlamentar comentou a importância da aprovação de proposta de emenda constitucional que consolida o tratamento e distribuição de água como serviços a serem prestados exclusivamente por empresas públicas. “É incrível que deputados de oposição queiram ver um retrocesso nesta emenda, que coloca o Paraná na vanguarda no que tange a um direito sagrado de todo ser humano”, disse o parlamentar. “As telecomunicações são fruto de inovações tecnológicas, do trabalho de homens, de empresas; a água é um bem natural, um recurso finito. Como pode alguém ser tão simplista a ponto de achar que uma e outra coisa merecem ser tratadas da mesma forma?”, questionou. Romanelli lembrou da ‘guerra da água’ de Cochabamba, na Bolívia. Em 1999, o serviço de saneamento da cidade passou às mãos do consórcio privado Águas Del Tunari, formado por empresas espanholas, italianas e dos EUA. “A primeira providência do consórcio, registrado no paraíso fiscal das Ilhas Caymann, foi aumentar as tarifas, elevando os gastos de uma família de cinco pessoas de 35 dólares para 60 dólares por mês. Até mesmo uma tarifa pela coleta de água da chuva foi instituída”, disse o deputado. A população reagiu, e manifestações com a presença de dezenas de milhares pipocaram pela cidade. “O governo boliviano, à época alinhado ao FMI e à Washington, reprimiu as manifestações o quanto pôde, mas cedeu a cancelou o contrato. Hoje, conselhos comunitários administram o acesso à água. “Será que é uma situação dessa que os deputados que não votaram contra a PEC do comércio pretendem? Todos nos lembramos dos prejuízos causados pela privatização branca da Sanepar, apoiada entusiasticamente por alguns dos mesmos parlamentares que agora bradam contra a instituição da água como bem fora do comércio”, apontou Romanelli. “Até para fazer oposição a um governo é preciso ser razoável, e as críticas que ouvimos à PEC da água não são razoáveis”, disse o deputado. “Houve até quem disse que o governo está impondo sua ideologia. Ora, um governo, qualquer governo, é eleito para implementar um programa aprovado pelos eleitores. É o que este, e qualquer governo fazem, e inclusive o que fez o governo anterior, o que resultou nos prejuízos que todos conhecemos”, acrescentou.
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