04/11/2008 13h27 | por Zé Beto Maciel/Luiz Filho/Daniel Abreu/Casemiro Linarth/Roberto Salomão / h2foz@hotmail.com – contato@luizromanelli.com.br – daniel@luizromanelli.com.
O Brasil espera que o PMDB cumpra seu deverLuiz Cláudio Romanelli* Os resultados das eleições municipais deste ano confirmaram o PMDB como o maior partido político brasileiro. O PMDB obteve mais de 34,8 milhões de votos, tendo eleito 1.201 prefeitos e 8.493 vereadores. Além disso, o partido tem a maior bancada no Senado Federal (21 senadores) e na Câmara dos Deputados (93 parlamentares). A conclusão desses números é óbvia: o PMDB chegará à campanha eleitoral de 2010 como protagonista principal, devendo ter candidato próprio à Presidência da República. Mais do que os números examinados isoladamente, porém, devemos ressaltar a distribuição dos votos dados aos candidatos do PMDB, que foi o vencedor nas pequenas e médias cidades em praticamente todo o País - evidenciando densidade e capilaridade eleitorais. O PMDB deve escutar o apelo do eleitorado brasileiro e construir seu caminho rumo à Presidência da República. Vou propor à Comissão Executiva Nacional do partido, em sua próxima reunião, que será realizada em Brasília, a realização de seminários regionais em 2009 e 2010 para que os pré-candidatos a presidente sejam ouvidos e se inicie a formatação de um plano de governo. Os nomes são conhecidos e da maior qualidade: os senadores Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE) e os governadores do Paraná (Roberto Requião) e do Rio de Janeiro (Sérgio Cabral). Mas nossas lideranças não se resumem a esses quatro nomes. Podemos citar ainda os ministros Hélio Costa (Comunicações), de Minas Gerais e Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), da Bahia, além do prefeito estrondosamente reeleito de Goiânia, Íris Rezende. Temos nomes, temos programa político, temos propostas, temos experiência administrativa comprovada, que em 2010 estará consideravelmente aumentada, uma vez que os prefeitos eleitos pelo PMDB vão governar, a partir de 1º de janeiro de 2009, mais de 30 milhões de pessoas em todo o país. E temos, fundamentalmente, uma história de dedicação ao povo brasileiro. Esses predicados indicam que o PMDB não pode ser apenas o coadjuvante do próximo processo eleitoral e ficar a reboque de outras legendas sem antes apresentar suas candidaturas e projetos. É hora do PMDB voltar a ter um projeto nacional. A relação apresentada acima, dos companheiros que postulam ou podem vir a postular a indicação de candidato à Presidência, mostra a força e o enraizamento do PMDB. Um partido solidamente implantado no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás, ou seja, os principais e mais populosos estados brasileiros. Outro dado: estamos organizados em 4.671 dos 5.564 municípios brasileiros. O PMDB do Paraná, do qual tenho a honra de ser vice-presidente, também obteve resultados expressivos: elegeu 138 prefeitos (só perdendo para o Rio Grande do Sul, onde nossos companheiros elegeram 143 prefeitos, mas num universo de 496), 121 vice-prefeitos e 753 vereadores, e vai estar no governo no próximo ano em 65% dos 399 municípios paranaenses. Estou propondo a realização de uma conferência estadual para fazer um balanço das eleições e debater os resultados do governo Roberto Requião. Nosso governo promove uma revolução no Paraná, com suas obras, seus programas sociais, a geração de empregos, a diminuição da carga tributária, a distribuição de renda. Devemos mostrar esses resultados ao povo paranaense e convidá-lo a participar conosco da continuidade desses projetos. Queremos, no Paraná e no Brasil, implementar os programas históricos do PMDB. Queremos debater essas propostas com outros partidos, porque queremos aliados, que comungam conosco de muitas das nossas idéias. Porém, agora é a hora e a vez do PMDB.*Luiz Cláudio Romanelli é deputado estadual e vice-presidente do PMDB do Paraná, além de líder do governo Requião na Assembléia Legislativa.