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Liderança do Pmdb

Empresas estratégicas, como as queremos(*) Waldyr PugliesiEsta semana o prefeito Almir Batista dos Santos da pequena Sabáudia, próxima da minha cidade, Arapongas, me procurou na Assembleia Legislativa para falar de um problema que está atrapalhando de forma muito significativa a política de industrialização daquele município. Falava ele que as empresas do distrito industrial não conseguem entrar em operação definitiva porque não existe rede de telefonia fixa na área.Bom, estou citando estas coisas todas para reafirmar aquilo que defendi durante toda minha vida pública: a presença de empresas estratégicas para induzir o desenvolvimento do Paraná. As administrações destas empresas estratégicas precisam estar nas mãos do poder público. Estamos tendo problemas lá em Sabáudia porque houve a privatização das companhias telefônicas no Brasil. No Paraná tínhamos a Telepar, que acabou privatizada em 1998 pelo governo que nos antecedeu.Vejam bem, lá em Sabáudia são 30 empresas instaladas no parque industrial que estão paralisadas porque as companhias telefônicas privadas não têm interesse em investir no empreendimento. A Oi, esta é a denominação da empresa que está omissa sem se interessar pela criação dos empregos tão necessários para todos nós. E olha que em breve serão 60 empresas no local, que poderão gerar muitos empregos tão necessários para a população da pequena comunidade.Esta situação relatada pelo prefeito me motivou a apresentar um requerimento para tentar sensibilizar a companhia telefônica Oi para atender as necessidades daquela comunidade. Os investimentos no local, das empresas públicas como Copel e Sanepar, da prefeitura e dos empresários, já somam mais de R$ 50 milhões. Aliás, podemos relembrar que a Sanepar, a nossa companhia de saneamento básico, por um período esteve nas mãos da iniciativa privada, acarretando prejuízos diretos na saúde das comunidades menos favorecidas.Quando isto aconteceu, era comum a empresa recusar a instalação de redes de água em distritos rurais, por exemplo, porque não vislumbrava a possibilidade de lucro no local. É isto mesmo. Empresa privada tem como único objetivo o lucro financeiro, não o social. Lembro que foi preciso muita luta para reverter esta situação e devolver a gestão da empresa à população.Fui prefeito de minha cidade em três oportunidades e em todas as administrações trabalhamos muito no sentido da industrialização do município. Hoje Arapongas é uma das cidades mais industrializadas do Paraná porque saímos na frente de outros municípios mais importantes pelo número de habitantes e pelo território.Este parque industrial de Arapongas hoje é reconhecido como um trabalho do poder público municipal, juntamente com os trabalhadores e empresários da cidade. Conheço bem o prefeito de Sabáudia, Almir Batista dos Santos, conheço muito bem o vice-prefeito Sebastião Dalcin da Rosa, e sei do trabalho enorme deles para encontrar alternativas de vida melhor para aqueles que moram e trabalham no município.Emprego e renda são fundamentais. É por isto que nós não podemos ter a omissão de uma empresa telefônica na implantação de um parque industrial que se afigura muito promissor.Mas o que é que se precisa para o sucesso deste empreendimento? Precisamos do envolvimento de todos, trabalhadores, empresários, poder público municipal, estadual e federal e fundamentalmente a ação de empresas estratégicas, que não podem falhar. Se o governo fosse gestor da companhia telefônica, assim como é da Sanepar e da Copel, o problema da falta de rede telefônica no Parque Industrial seria facilmente contornado.Só para finalizar, uma pesquisa encomendada pela BBC e divulgada na última semana indica que 64% dos brasileiros defendem um controle maior do governo sobre as principais indústrias do país. Além disso, 87% das pessoas defenderam que o governo regule mais os negócios no país, enquanto 89% acham que o Estado deve ser mais ativo promovendo a distribuição de riquezas.Esta pesquisa mostra que não estamos isolados nesta luta. Os números comprovam fundamentalmente que os brasileiros estão conscientes da necessidade de termos empresas estratégicas sob controle público na vida da Nação, dos Estados e dos Municípios.(*) Waldyr Pugliesi é deputado estadual, líder do PMDB na Assembleia Legislativa e presidente do Diretório Estadual do PMDB (www.waldyrpugliesi.com.br – e-mail waldyr@waldyrpugliesi.com.br)Foto: José Gomercindo - SECS
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