O deputado Mauro Moraes (PMDB) lamentou a ausência do presidente da Sanepar, Stênio Jacob, na reunião com a Comissão de Finanças da Assembléia Legislativa, a pedido desta, nesta manhã, 30, com o objetivo de prestar esclarecimentos sobre projeto que pretende diminuir a taxa de esgoto em 50%. Em seu lugar, compareceu o diretor comercial, o ex-deputado estadual Natálio Stika, que apesar de argumentar negativamente, alegando falta de verbas, não demoveu o deputado Mauro Moraes de sua intenção de batalhar para ter aprovado seu projeto. Segundo o parlamentar, embora a Sanepar informe que não visa lucros, sendo sua arrecadação apenas para aplicação de cunho social, apresentou lucro líquido, no ano passado, de aproximadamente R$ 200 milhões.O parlamentar informa que as dez maiores cidades do Paraná subsidiam as restantes e que o extraordinário orçamento de Curitiba poderia recompensar socialmente a população. “Sem esquecer que algumas cidades paranaenses, que têm seu próprio sistema de saneamento, oferecem um preço de serviços, de quatro a cinco vezes inferiores ao cobrado pela Sanepar, e com bastante eficiência e qualidade”, garantiu Moraes.O parlamentar entende que há condições de implantar o projeto, argumentando em sua justificativa, que a cobrança é abusiva, por se tratar de serviço público de alta prioridade, que envolve diretamente o setor de saneamento básico, garantido pela Constituição. “Mesmo que o parecer da instituição não tenha sido favorável, a Comissão de Finanças não efetivou a votação nesta manhã, por falta de quorum. E mesmo que o relator opte pela não aprovação, os demais membros poderão aprovar a medida”, afirmou. Moraes lembrou, ainda, que como já existe parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça – CCJ, o projeto de lei independe do parecer da Comissão de Finanças para ir a plenário e ser votado pelos demais parlamentares.