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Oposição Aprova Cpi Para Investigar Grampo

A Assembléia Legislativa do Paraná aprovou nesta segunda-feira (11) requerimento para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o esquema de escuta ilegal de telefones descobertos com a prisão do policial civil Délcio Rasera. Um dos objetivos é investigar o possívelenvolvimento do Governo do Estado no caso.Rasera foi preso pela Procuradoria de Investigações Criminais (PIC), do Ministério Público Estadual, depois de quatro meses de investigação. A CPI foi proposta pelo deputado Valdir Rossoni (PSDB), líder da Oposição na Assembléia, e conseguiu as 18 assinaturas necessárias para aprovar sua instalação. “O que queremos é chegar ao chefe do Rasera”, afirmou Rossoni. O policial civil trabalhava para a Casa Civil do Governo do Estado. No ano passado, quatro processos seus que estavam sendo julgados pela Comissão Disciplinar da Polícia Civil foram solicitados pelo governador Roberto Requião para análise. Logo depois, Requião enviou parecer solicitando o arquivamento de todos os processos.Délcio Rasera se apresentava como assessor especial do governador. Tinha até cartão oficial com esta especificação. Com sua prisão, os promotores do Ministério Público descobriram que ele comandava uma quadrilha que administrava os serviços ilegais de escuta em três escritórios. Os principais clientes de Rasera eram políticos, empresários e empresas. “Toda essa história está muito estranha. A CPI vai esclarecer tudo e se o governador Requião não deve, não tem nada a temer”, disse Rossoni.BoxInquérito prova ligação de Requião e RaseraO deputado Valdir Rossoni, PSDB, líder da oposição na Assembléia, revelou nesta segunda-feira, 11, que teve acesso ao teor do inquérito a que o policial Délcio Augusto Rasera (preso no início do mês por chefiar uma quadrilha especializada em escuta telefônica ilegal) foi submetido e absolvido pela Casa Civil. Por ele constatou novas evidências de ligação do policial com o governador Roberto Requião. O documento serve para provar as ligações estreitas entre o governador e o policial, diz Rossoni. Por exemplo, ao justificar os motivos pelos quais Rasera deixou de comparecer a Delegacia de Homicídios, onde estava lotado, o inquérito, conduzido pela Assessoria Jurídica da Casa Civil, informa: "O servidor encontrava-se à disposição da Casa Civil da Governadoria, por ato do Governador do Estado".No parecer o documento estabelece, pela segunda vez, a responsabilidade pessoal de Requião no deslocamento de Rasera para trabalhar no Palácio Iguaçu, destaca Rossoni. O documento diz, textualmente: "Sendo assim, não resta outro entendimento senão o de que a autorização de disposição funcional é válida até manifestação governamental em contrário, isto é, até que a própria autoridade que concedeu a disposição funcional - Governador do Estado - a faça cessar".No inquérito conduzido pela Casa Civil, sob o Protocolo nº 8.466.900-8, verifica-se que Rasera, que é suspeito de ser o araponga-chefe do governo Requião, faltava ao serviço sem dar explicações, usava dispositivos exclusivos da polícia para ajudar amigos e misturava atividades policiais com empresas de parentes e da iniciativa privada.Apesar de todas essas acusações graves Rasera foi alvo de uma investigação muito superficial por parte da Casa Civil e rapidamente absolvido de todas as culpas e mantido a serviço do governador Roberto Requião. Sonia Maschke41/3350-4193
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