Um dos maiores problemas do consumo desta droga lícita, além dos já conhecidos danos para a saúde, é o acesso facilitado para outras drogas e os comportamentos socialmente condenáveis, causados pela embriagues. Para o deputado Mauro Moraes (PMDB), as escolas precisam ser instrumentos eficientes na orientação aos jovens e na prevenção do uso de bebidas alcoólicas.Com este objetivo, o parlamentar apresentou projeto de lei que institui o “Programa de Prevenção e Conscientização do Alcoolismo Juvenil”, no Estado do Paraná. A finalidade do programa será o treinamento de professores das redes pública e privada do ensino médio, para que atuem como agentes na prevenção ao vício. ”Será necessário que sejam instituídos convênios com estabelecimentos que desenvolvam atividades culturais e educacionais para implantar a conscientização dos males que o álcool causa e também de amplo material didático para ser distribuído entre os alunos”, completou.O deputado considera imprescindível este processo preventivo por parte das escolas., em função de dados já confirmados de atos de violência cometidos por pessoas que fazem uso de bebidas, além de acidentes de trânsito e o desfacelamento da família.O “abre portas”O álcool é uma droga conhecida por abrir portas, também no sentido da desinibição e da transgressão, que tanto atraem os jovens, afirmam as pesquisas. “Existe uma cultura de que não há diversão se não houver bebidas e parcela de culpa cabe às freqüentes propagandas de cerveja, onde só coisas boas acontecem”, criticou o parlamentar.O maior índice de dependência de álcool entre homens ocorre na faixa de 18 a 24 anos, que nesta idade “vê o menor risco em tomar um ou dois drinks por semana”. Mas as escolas não fazem campanhas contra o uso do álcool, que muitas vezes é até incentivado pelos pais e até professores, no sentido “do beber socialmente”Moraes destaca a classificação de doença que é dada atualmente ao alcoolismo e que como tal deve ser tratada e, antes de tudo, prevenida. O parlamentar considera que este projeto deverá ser aprovado visando esta conscientização nos jovens que poderão tornar-se, através da informação e orientação, eles próprios, em agentes de combate e prevenção ao uso do álcool, que tantos prejuízos causa à toda sociedade.