A Assembleia Legislativa realizou nesta quinta-feira (24) uma sessão solene em homenagem aos 156 anos da Polícia Civil do Paraná, que serão comemorados na próxima segunda-feira (28). Durante o evento, 44 delegados, investigadores, escrivães, agentes de operação policial e papiloscopistas, aposentados ou da ativa, receberam diplomas por terem se destacado ao longo da carreira. Todos os homenageados têm 30 anos ou mais de serviços prestados à corporação. O evento contou ainda com a apresentação do Coral da Polícia Civil.“Este evento é uma oportunidade para o Paraná homenagear a Polícia Civil que, de maneira heróica, garante a segurança da população”, disse o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Nelson Justus (DEM). Segundo o deputado, a homenagem acontece num momento importante, em que a sociedade clama por mais segurança, sem considerar que a violência não é um problema exclusivo da polícia. Para o presidente da Assembleia, o trabalho da Polícia Civil serve de exemplo e orgulho para o Paraná. “Sabemos o trabalho, a força, a competência e a honradez que os policiais civis resolveram adotar no desenvolvimento de suas atividades”, disse.Jorge Azôr Pinto, diretor-geral da Polícia Civil, disse que a homenagem feita pela Assembleia Legislativa - proposta pelos deputados Alexandre Curi (PMDB) e Ney Leprevost (PP) – representa o reconhecimento do Paraná pelo trabalho prestado pela Polícia Civil. Azôr destacou o apoio que a corporação recebe da Alep na aprovação de leis que buscam melhorar a segurança pública do Estado.O delegado lembrou que nos últimos anos a Polícia Civil passou por várias melhorias, resultado de uma reformulação administrativa, informatização dos sistemas, reforma de delegacias e renovação da frota de veículos. Segundo ele, apenas na reforma de delegacias foram investidos R$ 23 milhões, nos últimos sete anos. Azôr adiantou que o Governo do Estado autorizou a realização de um novo concurso público para contratação de 500 policiais, escrivães, investigadores e papiloscopistas. A idéia é reforçar os quadros das delegacias, que hoje têm como principal problema as tentativas de remoção de presos.O deputado Ney Leprevost disse que a entrega aos policiais dos diplomas de homenagens foi uma forma de reconhecimento pela coragem, entusiasmo e inteligência de pessoas que ajudaram a construir a Polícia Civil do Estado. “A Polícia Civil é uma das instituições mais injustiçadas na história do Paraná. São profissionais que têm uma rotina estressante e que não são remunerados como deveriam”, disse. Leprevost lembrou que a Assembleia vem trabalhando nos últimos anos para a aprovação de leis que visam à segurança pública do Estado. Entre elas está a lei antidesmanches que determina a cassação de alvarás de empresas que vendam peças de carros roubadas; e a que exige a instalação de câmeras e a implantação de um cadastro de usuários em lan houses, para combater os crimes de pedofilia. Esta última ainda depende da sanção do Governo do EstadoParticiparam ainda da solenidade os deputados estaduais Stephanes Júnior (PMDB), Antônio Belinati (PP) e Rosane Ferreira (PV); o secretário municipal Antidrogas, Fernando Francischini, que representou o prefeito Beto Richa; secretário-chefe da Casa Militar, coronel Washington Rosa; e o delegado-adjunto da Polícia Civil, Francisco da Costa. Policia Civil - O início das atividades policiais no Paraná aconteceu com a chegada ao Estado, do bacharel Antonio Manoel Fernandes Júnior, que veio do Rio de Janeiro para assumir o cargo de primeiro chefe de Polícia do Paraná. A nomeação foi feita por decreto imperial. Em 17 de junho de 1911, também por decreto, foi criada a Guarda Civil do Paraná, órgão civil, que tinha a missão de ajudar na manutenção da ordem e segurança públicas. Com uma honrosa atuação, foi considerada uma corporação de elite da Polícia Civil. Mas foi somente em 1922 é que foi criada a polícia de carreira.