A Assembléia Legislativa promoverá na próxima terça-feira (23), a partir das 9 horas, no seu Plenário, audiência pública conjunta da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente e da Comissão de Agricultura, para debater a instituição de uma política estadual de prevenção, controle e erradicação de espécies exóticas invasoras, vegetais ou animais, que possam constituir ameaça a ecossistemas, habitats ou espécies nativas, causando impactos ambientais, econômicos, sociais ou culturais.
De acordo com o deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB), presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente e autor de um projeto que trata do assunto, o Paraná precisa de uma lei que, baseada nos princípios definidos na legislação federal, regule objetivamente as formas de manejo, cultivo e uso geral de espécies exóticas, considerando-se os interesses regionais e a máxima constitucional de se preservar, necessariamente, o meio ambiente.
Desta forma, o parlamentar frisa que é preciso entender que as espécies exóticas invasoras podem produzir mudanças e alterações nas propriedades ecológicas do solo, interferir na ciclagem de nutrientes, na estrutura e nas funções dos ecossistemas, inclusive aumentando os riscos de extinção de espécies nativas.
“Ou seja, as espécies exóticas invasoras são uma ameaça ao meio ambiente, à sua biodiversidade, e uma ameaça à economia local. Observe-se o exemplo dos milhões de dólares gastos pela Itaipu Binacional no controle do mexilhão dourado. Esta espécie é uma exótica invasora”, destaca Cheida, ao acrescentar que, também no Norte do Estado, inúmeras propriedades estão sendo abandonadas diante da invasão de uma espécie de vegetação exótica conhecida como amarelinho. “Isto para citar dois exemplos que já acontecem no Paraná, que poderiam ser ilustrados com o caramujo africano no litoral, a tilápia nos rios de todo o estado, etc.”.