Balanço 2005

26/12/2005 11h20 | por Miguel Ângelo
BALANÇO 2005 Se não tem motivos para festejar, a bancada da oposição da Assembléia Legislativa acha que pelo menos conseguiu fazer uma atuação marcante no ano que passou. “Marcamos alguns gols, isso é inegável, mas estamos em número inferior, estamos desfalcados”, brincou o deputado Valdir Rossoni (PSDB), líder da bancada.Uma das vitórias comemoradas pela oposição em 2005, foi a dilação do perdão da dívida dos inscritos no programa Panela Cheia do governo do Estado. A proposta inicial do governo era de perdoar dívidas de até R$ 10 mil, mas uma emenda de oposição propôs a extensão do benefício para quem devia até R$ 40 mil. Por fim, um acordo acabou viabilizando a anistia para quem deve até R$ 30 mil no Panela Cheia.“Fizemos uma oposição construtiva. Pegamos um projeto do governo e conseguimos melhorá-lo em benefício da população pobre do Paraná”, explica Durval Amaral (PFL), um dos articuladores do acordo. “O governo se apressa tanto em beneficiar sonegadores porque não estender o mesmo benefício para quem de fato precisa?”, indagou Rossoni.Outra ação importante em 2005 foi nomear os 56 produtos da cesta básica, no projeto 703/05 do governo, que deveriam receber isenção de ICMS. “Além de ampliar o acesso da população aos alimentos essenciais, queremos incentivar as empresas paranaenses a utilizarem produtos industrializados dentro do Estado”, disse o deputado Reni Pereira (PSB), autor do substitutivo.Hora do julgamentoPara o ano que vem, a oposição espera batalhas árduas no plenário da assembléia. “Os ânimos devem se acirrar por que está chegando a hora deste governo ser julgado nas urnas e nós vamos lembrar à população todas as promessas que não foram cumpridas”, avisa Valdir Rossoni, que é também presidente do PSDB.O deputado Durval Amaral, acha que agora equilíbrio de forças será maior na assembléia. “A oposição deve crescer tendo em vista a disputa eleitoral. Vai ficar desconfortável para o governo ter deputados na base que não apóiem a reeleição e automaticamente a oposição ganha com isso”, avalia.Aliados batem cabeçaO líder do PSDB, deputado Ademar Traiano não deixa de elogiar a boa performance da bancada da oposição, mas cita que houve uma ajudazinha dos deputados governistas. “Acho que a oposição capitalizou e muito em função dos insucessos e das inverdades apregoadas pelo governo. O crescimento das oposições foi palpável, em função da fragilidade, principalmente pela falta de sintonia entre o governo e a bancada aliada”, disse Traiano.O deputado Barbosa Neto, líder do PDT, enalteceu o papel estratégico da oposição para o governo. “Nós não trabalhamos no ‘quanto pior melhor’. Quando obstruímos uma votação foi para aprofundar a discussão, para melhorar o projeto”, esclareceu.Muita propagandaPara o deputado José Domingos Scarpellini (PSB), o ano foi marcado pela presença excessiva do governo nos meios de comunicação. “Nós da oposição estamos cobrando obras para o povo do Paraná e o governo responde com propaganda maciça. Não existe obra, não existe cumprimento de programa que o governo havia prometido na campanha. Quando mais se cobra, mais propaganda o governo faz. É um governo de mídia, de rádio de televisão. Desligou a televisão, o acaba o governo”, criticou.O deputado Élio Rusch (PFL), considera que apesar de todas as dificuldades políticas que o País atravessou, a assembléia foi produtiva. Em 2006, a meta é continuar com a fiscalização rígida, mas sempre trabalhando pelo bem do Estado. Élio Rusch torce também para a formação de uma grande aliança das oposições para as eleições do ano que vem. “Espero que os irmãos Dias se entendam para que o Paraná possa respirar dias melhores”, arremata.Vontade do povoOutro pefelista, o deputado Plauto Miro Guimarães, também fez um balanço positivo. “Conseguimos fazer o governo mudar a linha de ação, através de críticas e denúncias. Ser oposição é isso: fiscalizar e denunciar. Por isso nós crescemos, mas tivemos ajuda também dos destemperos do governador”, provoca.O deputado Luis Carlos Martins (PDT), diz que está chegando a hora de cobrar as promessas de campanha. “Esta é a vontade do povo”, resume. Apesar de reconhecer que a inferioridade numérica da bancada ainda é um grande obstáculo, Martins diz que isso está superado pelo valor de cada um dos parlamentares. “A oposição é formada por deputados de grande valor. Eles não fazem oposição por oposição mas por consciência. Eles são a voz dos que não podem protestar. Tenho muito honra a pertencer a oposição”, concluiu. Liderança da OposiçãoFone: 3350-4193Miguel Ângelo

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