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Biodiesel 2

Curitiba, PR (19/04/2006) – O Coordenador do Programa Nacional de Biodiesel do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Arnoldo de Campos, participará, nesta quinta-feira (20/04), em Francisco Beltrão, do Seminário “Sustentabilidade Ambiental e Geração de Renda”, promovido pelo Sistema de Cooperativas de Comercialização da Agricultura Familiar Integrada (Coopafi) e a Cooperativa Iguaçu de Prestação de Serviços (Cooperiguaçu), que vai enfocar a produção do biodiesel e de óleos vegetais no Sudoeste do Paraná. O primeiro passo no sentido de incentivar a produção de oleaginosas da agricultura familiar para a fabricação de biodiesel, segundo o coordenador do programa, passa por uma espécie de teste vocacional da região. Em outras palavras, as entidades representantes do setor devem identificar as culturas mais adequadas às condições do Sudoeste, onde já existem, por exemplo, experiências com soja e girassol. No restante do país, são desenvolvidos projetos com a mamona, o dendê, o nabo forrageiro e a canola, entre outras. Recentemente, o governo do presidente Lula definiu o marco legal desse programa, instituindo que, a partir de janeiro de 2008, passe a ser obrigatória a adição de biocombustível no óleo diesel comercializado, na proporção de 2%. Depois de 2013, esse percentual sobe para 5%. “A medida cria um mercado consumidor que já começa com a demanda aproximada de um bilhão de litros por ano”, informa Arnoldo de Campos, que argumenta: “O Paraná não pode ficar de fora”. Segundo ele, o Paraná, que é um grande produtor de oleaginosas e também um dos maiores estados consumidores de diesel, tem condições de produzir para o consumo interno, mas também para exportar para outros estados, como o de São Paulo, que consome cerca de 40% de todo o diesel brasileiro. O programa federal já promove, hoje, a instalação de plantas industriais nos Estados do Rio Grande do Sul e de São Paulo, onde, além das matérias-primas já citadas, são processadas também gorduras animais. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o óleo diesel representa 54,5% do combustível que alimenta os veículos brasileiros e a produção nacional de diesel, em 2004, foi de 34,5 bilhões de litros diante de uma demanda nacional de diesel (em 2003) de 38,2 bilhões. Nesse ano, o país importou 3,7 bilhões de litros de diesel, pagando cerca de 766 milhões de dólares por essa necessidade. O pesquisador do Departamento de Estudos Sócio-Econômicos Rurais (Deser), Sidemar Presotto Nunes, acredita que o fato de o Brasil possuir uma área agricultável estimada pela Embrapa em 137 milhões de hectares e por possuir grandes extensões de florestas naturais e cultivadas, responsáveis pelo seqüestro de carbono emitido em países desenvolvidos, coloca o país em um lugar privilegiado para a execução de dois projetos mundiais no médio prazo: a diversificação de sua matriz energética e a redução do aquecimento global de acordo com as metas estabelecidas pelo Protocolo de Kioto. Ele também lembra que a agricultura brasileira e o país têm condições de ocupar um novo lugar na economia internacional por meio da produção de biocombustíveis (biodiesel e álcool), mediante a diversificação dessa matriz energética mundial. “Isso pode trazer diversos impactos que ainda serão objetos de muitos estudos no futuro, mas certamente já é um processo em curso e que define uma postura do país no cenário da economia mundial”, afirma Nunes. Parceria Agricultura Familiar e Indústrias – Para incentivar a aproximação entre as indústrias de transformação e a agricultura familiar visando a produção de biocombustíveis, o governo federal aposta em significativos benefícios fiscais, que reduzem os impostos da União para as empresas que adquirirem as oleaginosas de agricultoras e agricultores familiares. Essas empresas ganham também o selo de “combustível social” do MDA, bem como a possibilidade de participarem dos leilões de aquisição de biodiesel do governo federal. Já foram realizados dois desses leilões, desde o anúncio do programa, e a Agência Nacional do Petróleo prepara, nesse momento, o seu terceiro leilão de aquisição. O primeiro deles comprou 70 milhões de litros, o segundo 170 milhões e esse terceiro leilão pretende adquirir até 500 milhões de litros de biodiesel para a Petrobrás. “Até o final de 2007, o governo federal pretende envolver mais de 200 mil famílias na cadeia produtiva do biodiesel”, comenta Arnoldo de Campos. O seminário sobre Biodiesel acontecerá no auditório da Assesoar (Av. General Osório, 500 – Cango) em Francisco Beltrão, das 9h às 17h e pretende reunir cerca de 100 pessoas entre dirigentes das organizações da agricultura familiar da região, técnicos e agricultores familiares. As entidades que também apóiam a realização do seminário são: a Unicafes-PR, o Sisclaf, a Central Cresol Baser, a Fetraf-Sul/CUT, a Assesoar, o escritório regional da Emater e a Arcafar-Sul. Jornalistas: Thea Tavares (MTb 3207-PR) – Asses. Dep. Est. Luciana Rafagnin: (41) 9658-7588. Contatos: - Arnoldo de Campos – Coordenador do Programa Nacional de Biodiesel do MDA – (61) 2191-9929 / (61) 9333-8872;– Sistema Coopafi – (46) 3524-3997 ou (46) 9104-2266, com José Carlos Farias, e (46) 9975-2170, com Ivo Antônio Vial;Cooperiguaçu – com o coordenador Olivo Dambrós – (46) 9912-2680 e (46) 3523-1245.
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