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Campanhas e participação da sociedade aumentam doações de órgãos para transplantes no Paraná

Somente no ano de 2015 foram realizados 541 transplantes de órgãos no estado do Paraná, contra 184 transplantes realizados em 2010.


Somente no ano passado foram realizados 541 transplantes de órgãos no Paraná, um crescimento exponencial em relação aos números de 2010, quando foram registrados 184 transplantes. Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (16) pela coordenadora do Centro Estadual de Transplantes do Paraná, Arlene Garcia Badoch, ao Plenário da Assembleia Legislativa, conforme iniciativa do deputado Ney Leprevost (PSD), para destacar a campanha intensa “que é feita com muita ênfase durante o Setembro Verde”, mês voltado a difusão de informações e ações de incentivo à doação de órgãos.

A União destinou ao Paraná em 2015, através do SUS, R$ 57.488.411,45 para doações e transplantes. Descrevendo os vários setores que constituem o Centro de Transplantes do Estado, considerado um dos mais bem estruturados do País, a coordenadora Arlene Badoch disse que Paraná apresenta a maior proporcionalidade entre doadores e receptores verificada no Brasil. Os últimos levantamentos apontam que há 1980 pacientes cadastrados aguardando por órgãos.

Como funciona – O Centro de Transplantes integra o Sistema Estadual de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde e coordena as atividades relacionadas ao setor, exercendo controle e fiscalização sobre elas. Conta com 15 centros de transplante, 33 equipes de transplante, sete centros de transplante de medula óssea, 25 centros de transplante de córnea e sete bancos de tecidos, entre outros organismos de assistência à saúde.

Entre suas atribuições está assegurar a justiça na distribuição de órgãos e tecidos, desenvolvendo o princípio da distribuição equitativa, regulamentar à procura e à doação de órgãos e tecidos para transplante e incentivar a procura e captação de órgãos e tecidos, além de aumentar efetivamente a captação e o aproveitamento desse material. Revelando que o Hospital Universitário Cajuru de Curitiba tem sido o que mais converte notificações sobre possíveis doações em doações efetivas – só no primeiro trimestre do ano foram 8 doações, Arlene Badoch disse que a adesão da sociedade civil organizada às campanhas de incentivo à doação de órgãos tem produzido resultados efetivos. A seu ver, muitas famílias deixam de doar órgãos de familiares por falta de informações corretas sobre o assunto.

Referindo-se a leis já existentes no Rio Grande do Sul – onde o médico legista é obrigado a ir aos hospitais para tratar de possíveis doações, ou em São Paulo, onde as famílias de doadores são beneficiadas com auxílio funeral – afirmou que a Assembleia pode ajudar com iniciativas visando estimular a solidariedade, aumentar as notificações, diminuir a rejeição das famílias e melhorar as doações. Falou também sobre a Campanha Inteligente que o Centro desenvolve há dois anos sob o slogan “Doação de órgãos – fale sobre isso”, difundido por empresas através de seus produtos.

Projeto – Na sessão desta segunda-feira a Assembleia Legislativa aprovou em primeira discussão, com 48 votos favoráveis e  nenhum contrário, o projeto de lei nº 312/2015, de autoria do deputado Nereu Moura (PMDB), instituindo a “Campanha Permanente de esclarecimento e Incentivo à Doação de Órgãos”, com campanhas publicitárias e atividades educativas e informativas na rede pública de ensino e nas unidades básicas de saúde, além de parcerias com municípios e outros entes públicos ou privados, para informar a população de maneira a desenvolver a consciência sobre a importância da doação.

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