A deputada estadual Secretária Márcia Huçulak (PSD) destacou “pontos positivos muito relevantes” da saúde do Paraná este ano, durante audiência pública para apresentação do Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA) da Secretária Estadual de Saúde (Sesa).
A prestação de contas foi feita nesta terça-feira (28/10), na Assembleia Legislativa, pelo secretário Beto Preto, pelo diretor-geral César Neves e outros diretores da pasta.
De acordo com a deputada, destacam-se do amplo conjunto de dados apresentados, referentes ao período de maio a agosto de 2025, a boa aplicação do orçamento, a redução de filas para cirurgias eletivas, os resultados positivos nos cuidados com gestantes e pessoas idosas e o aumento do cofinanciamento de remédios, ampliando os fármacos disponíveis para saúde mental.
“São pontos muito relevantes, que merecem ser destacados”, afirmou a deputada, que é líder do Bloco Parlamentar de Saúde, ex-secretária de Saúde de Curitiba e gestora da área por 36 anos.
Gestantes
O relatório apontou que a meta de 88,5% das gestantes com sete ou mais consultas de pré-natal no estado foi superado. O índice chegou a 89%.
Márcia lembra que o desempenho do estado nesta área é especialmente importante porque consolida a recuperação do período pós-pandemia de covid-19, quando gestantes foram um dos nichos da população mais impactados pelo vírus.
A deputada reforçou, ainda, que o estado se mantém na liderança nacional deste índice. O número mínimo de consultas garante a saúde de gestantes e bebês, na medida em que permite acompanhar adequadamente o desenvolvido fetal, identificar riscos e orientar sobre os cuidados necessários durante gestação e parto.
Idosos
Já o cuidado com a pessoa idosa também superou a meta do plano de governo, que era manter em 80% o número de municípios paranaenses com avaliação multidimensional da pessoa idosa. O resultado no período foi de 83,9%.
Para Márcia, esse desempenho reforça o compromisso do estado, que este ano tornou-se primeiro ente sub-nacional a incluído na Rede de Amigos da Pessoa Idosa, criada pela Organização Panamericana de Saúde (Opas), seção da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Cirurgias
As filas para cirurgias eletivas (aquelas que não são urgentes e, portanto, podem ser agendadas), por sua vez, foram reduzidas em 41% – a meta era redução de 30%.
A deputada registrou que a demanda por esse tipo de atendimento é permanente, pelo fluxo natural dos sistemas de saúde. Segundo ela, é importante garantir a “espera segura” – ou seja, com um monitoramento adequado.
Orçamento
No aspecto orçamentário, a deputada destacou o crescimento de 14,4% nas despesas empenhadas em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 4,87 bilhões.
Com isso, o estado aplicou no ano 12,6% de sua Receita Corrente Líquida (RCL) na saúde – porcentual superior ao exigido por lei.
Vacina é desafio
A deputada chamou atenção para os índices de aplicação da vacina, abaixo do necessário, em grande parte fruto do movimento anti-vacina que tem prejudicado a saúde pública nos últimos anos.