Douglas Fabrício fala sobre as mudanças do ICMS no Paraná Munido de um artigo escrito pelo advogado e vereador de Campo Mourão Sidnei Jardim, o deputado Douglas Fabrício trouxe a Assembleia a discussão sobre o ICMS no Estado e também sobre a postura de alguns políticos. Segundo Douglas, o governador Requião implantou uma política importante em seu primeiro governo. A isenção de ICMS às micro e pequenas empresas do Paraná foi elogiada pelo deputado.“Naquela época eu trabalhava no SEBRAE como consultor, lá também sabíamos que essa medida impulsionava e ajudava as micro e pequenas empresas do estado”, recordou. O deputado da Comcam questionou as mudanças de ICMS que foram aprovadas pela base do governo no final do ano passado. De acordo com Douglas, tanto a população quanto as pequenas e micro empresas não estão recebendo os benefícios da atual lei. “A pequena empresa lá atrás teve a isenção do ICMS, isso foi bom. Mas agora, com as mudanças da nova lei, aumentou o custo da energia elétrica, do telefone e da gasolina. Pior, a isenção que eles ofereceram na nova lei, as micro e pequenas empresas já tinham. Essa isenção beneficiou, na verdade, o grande atacadista. Nós já alertávamos lá atrás para isso”.Douglas fez uma conta ilustrativa para explicar a população sua denúncia. “Temos cerca de 10 milhões de pessoas no Paraná, esses aumentos representam uma elevação de 400 milhões de reais na arrecadação do governo; isso quer dizer que cada paranaense vai pagar, todo ano, cerca de R$ 40 a mais em impostos ao governo estadual, somente nesses itens”.Fabrício lembrou que esses aumentos foram justificados, pois diversos outros produtos iriam baixar de preço. O problema, na opinião de Douglas Fabrício é que esses preços não estão baixando.“Não vejo remédios ou alimentos baixarem de preço, se consultarmos a população as pessoas confirmarão isso. Se os preços não baixaram, mas os impostos cresceram; a quem essas mudanças estão beneficiando?”, indagou.Segundo o deputado, após essas mudanças, só a região de Campo Mourão irá contribuir com 12 milhões de reais a mais em impostos por ano. Para Douglas, as pessoas devem ficar atentas aos preços e ao que votam os deputados estaduais.“Agora lá na região irão entregar mais ônibus, quanto custa um ônibus? Vamos supor que seja 200 mil, assim sendo, a região deveria receber no mínimo 60 ônibus por ano. Ou seja, em quatro anos só a nossa região deveria receber 240 ônibus escolares, e isso não vai acontecer.”Douglas finalizou criticando o comportamento de algumas pessoas que fazem política enganando a população. “Às vezes o político que vem agradar o povo com um presentinho, seja ele um ônibus ou uma obra qualquer; é o mesmo que com a outra mão vota para aumentar impostos, retirando assim muito mais recursos da região.”