O primeiro secretário da Assembléia Legislativa, deputado Nereu Moura (PMDB) utilizou o horário da liderança do governo na sessão plenária de ontem (14) para defender a aprovação do decreto legislativo de autoria da Comissão Executiva da Casa que determina o fim do pacto de acionistas da Sanepar, celebrado em setembro de 1998, entre o Estado do Paraná e a Sociedade Mercantil Dominó Holdings S.A. “Em nome do PMDB, conclamo o apoio de todos para que possamos fazer aqui a revisão da história”, disse o parlamentar.O decreto legislativo que foi aprovado em primeira e segunda discussão, durante as duas sessões ocorridas na tarde de ontem, é uma proposição conjunta dos deputados Hermas Brandão (PSDB), presidente da Casa e de Nereu Moura. A matéria entra novamente em votação, na próxima semana.Nereu afirmou que a Sanepar, na condição de empresa pública, tem por papel social a prestação de um serviço de qualidade à população paranaense, “e jamais a finalidade de gerar lucros para meia dúzia de afortunados deste país e do exterior”. Ainda em seu pronunciamento, o parlamentar qualificou o pacto de acionistas firmado no governo passado “de perverso e cruel” pois, segundo ele, feriu as aspirações maiores do povo do nosso Estado.O deputado lembrou também que quando utilizou esta tribuna, em 19 de dezembro de 1997, “bradei alto e em bom tom contra aquele projeto que delegava a administração da Sanepar ao sócio minoritário. Utilizo hoje este mesmo espaço para dizer que foi um negócio nefasto feito pelo governo passado”. Nereu Moura destacou também em seu discurso que o PMDB, a exemplo do acordo de acionistas da Sanepar, foi sempre contrário à privatização do Banestado e das rodovias, além da venda da Copel.