27/06/2005 12h20 | por Rafaela Dorigo
GREVES AMEAÇAM SAÚDE E EDUCAÇÃONO PARANÁ E PREJUDICAM A POPULAÇÃODesde o início do mês de maio, os funcionários públicos do Paraná têm manifestado indignação com os salários sem reajustes que recebem. Para tentar reverter a situação, os funcionários fazem manifestações e paralisações em forma de greves, que acabam atingindo diversos setores da sociedade.Os trabalhadores do INSS, por exemplo, reivindicam um reajuste de 18% para repor perdas salariais, fazendo greve. Depois de três anos sem reajuste salarial, algumas das principais universidades do estado, como a Universidade Estadual de Londrina, a Universidade Estadual de Ponta Grossa, Universidade Estadual de Maringá, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro) pedem reajuste de 70% dos salários, além de melhores condições de trabalho e a realização de concursos públicos. Os professores da rede pública reclamam que o governador Roberto Requião vem proibindo a participação em congressos no exterior. Segundo os docentes, os baixos salários têm levado os professores do Paraná a se transferirem para instituições de ensino de outros estados. Os professores ameaçam, ainda, parar as aulas em agosto, dando início a uma greve por tempo indeterminado.O setor de saúde, que atinge mais de dois mil funcionários, requer reposição salarial de 24%. A paralisação dos hospitais compromete o atendimento de cerca de 1500 pessoas, e corre o risco de ficar pior ainda, caso não haja um acordo urgente entre os funcionários e o governo do estado.Foi concedido um reajuste salarial relacionado à saúde no interior do estado, porque o piso no interior é menor do que o praticado na capital. Os hospitais atingidos em Curitiba pela greve são os hospitais Nossa Senhora das Graças, do Trabalhador, Evangélico Bairro Novo e Centro, prejudicando a população que necessita de atendimento.O governador do estado afirmou que os professores que entram em greves são irresponsáveis, e que isso não passa de “molecagem”. “Muitas categorias do funcionalismo público estão com os salários defasados e eu não posso permitir que uma só categoria esgote todas as possibilidades de correção salarial das demais”, explicou Requião. Publicado em nota oficial, o governo cita que está indignado com a paralisação e descontará os dias parados” e finaliza com a ameaça de corte nos salários de cinco dias (três dias pela paralisação e dois pelo descanso semanal remunerado).O deputado estadual Ademar Traiano, líder do PSDB na Assembléia, lamenta que a população esteja sendo prejudicada, tanto os trabalhadores quanto os usuários dos setores em greve, e espera que o Governo do Estado ofereça condições de trabalho e salários de acordo com o que é reivindicado. “Se os setores que estão em greve prejudicam os atendimentos porque deixam de estar disponíveis por falta de recursos, é preciso rever o que é necessário e melhorá-los o quanto antes, para evitar maiores prejuízos, tanto na saúde quanto na educação”, ressalta Traiano. Gabinete do Deputado Ademar TraianoAssessoria de ImprensaRafaela DorigoTel: (41) 3350-4096 e (41) 9165-6151