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Investimento não deve ser olhado como um produto, mas como uma melhor vida financeira no futuro

Escola do Legislativo da Assembleia promoveu um ciclo de palestras sobre como planejar a vida financeira.

“Não existe o melhor investimento. Ele é muito pessoal e vai de acordo com o seu momento de vida, com o seu objetivo, mas cada modalidade vai servir para uma pessoa”, disse o professor de pós-graduação da PUC-PR e sócio-diretor da Phi Investimentos, Vinícius Martins, durante o ciclo de palestra sobre investimentos promovido pela Escola do Legislativo, da Assembleia Legislativa do Paraná, nos dias 3 e 4 de agosto.

Vinícius apresentou diversas modalidades de investimentos com o foco em renda fixa, tema de sua apresentação: Renda Fixa: A chave para a estabilidade financeira em meio ao caos. Segundo ele, esse tipo de aplicação é voltado a um perfil mais conservador e àqueles que estão começando a investir agora. “A renda fixa serve para todo mundo. Para quem não investe, é a porta de entrada, o primeiro passo. Nosso objetivo aqui foi desmistificar e trazer exemplo do dia a dia para compreender de maneira mais natural. O objetivo é tomar decisões de investimentos que cubra o percentual da inflação e até mesmo que supere esse percentual para que a pessoa tenha uma renda”, relatou. “A ideia principal foi poder trazer a confiança para o produto, para que as pessoas entendam que o mercado financeiro é muito simples. Da mesma forma que a gente criou uma confiança na poupança, existe uma série de investimentos que são tão seguros quanto, mas muito mais rentáveis e as pessoas não tiveram acesso a eles por falta de informação”, completou.

As principais modalidades, oferecidas por instituição financeira são o CDB, LCA, LCI, LC. Já os títulos públicos federais são emitidos pelo Governo brasileiro.

O professor e consultor fez um alerta. “Não se apeguem à sigla, mas se o local que você está investindo você confia o suficiente para a tomada de decisão e se a rentabilidade é atrativa no prazo que está nos seus objetivos”.

Fundos Imobiliários

Nesta sexta-feira (4), o tema foi Fundos Imobiliários, descubra como ter renda mensal isenta de IR, ministrado pelo professor de finanças MBA na PUC-PR e sócio-fundador da Phi Global, André Chede.

Ele apresentou uma visão geral do mercado de Fundo de Investimento Imobiliário (FII), a avaliação e seleção dos fundos mais atrativos, a importância da gestão profissional dos fundos e, principalmente, os fatores a considerar na tomada de decisão para investir no FII.

Segundo ele, esse seria um “segundo passo” para o investidor, quando já se pensa num planejamento patrimonial. “Vamos dizer que o fundo imobiliário é um segundo passo numa carteira de investimentos. É muito legal você ir montando uma carteira conservadora de renda fixa, uma reserva de emergência. Depois é bom você começar a pensar como consigo acelerar o processo de multiplicação desse meu patrimônio, esse investimento. É interessante para quem está começando a fazer o planejamento patrimonial”, explicou.

O fundo imobiliário, de acordo com o consultor, alia duas coisas que as pessoas gostam muito, que é investir em imóveis e gerar renda. “Quando se pensa no futuro, que quero viver de renda, o fundo imobiliário é muito propício para isso. O FII consiste na compra de um bem imobiliário, mas é feito através da comunhão de recursos com vários outros cotistas. É um investimento que parte de cem reais, é muito acessível, democrático e são bastante nichados”, relatou.

Os ativos imobiliários, através desses fundos, são diversos, como em logística, com a compra de galpões e o aluguel para grandes empresas; shopping, prédios comerciais, hotéis, cemitérios, por exemplo. “É um mercado diversificado em termos de oportunidade. Se você vai comprar um imóvel hoje, é uma pequena fortuna. O fundo imobiliário é uma forma indireta em investir em ativos imobiliários. É feito um primeiro investimento e vai aumentando seu montante conforme você vai conseguindo guardar dinheiro. E caso precise, o resgate é feito em dois dias”.

Chede disse ainda que com a queda dos juros (taxa selic) o investimento em fundo imobiliário acaba sendo uma boa opção. “Com juros menores a tendência é uma maior aplicação nos fundos imobiliários. O timming seria propício agora, com a retomada da queda dos juros. É o melhor momento dos últimos sete anos. É um investimento de fácil acesso e com investimento mínimo baixo”.

Mas ele também alertou para eventuais riscos. A inadimplência na locação desses espaços e a saída do inquilino, que pode fazer com que o rendimento diminua; a necessidade de reformas; o aumento da taxa selic, que pode fazer com que outras aplicações sejam mais rentáveis; e a mudança estrutural do mercado imobiliário, citando como exemplo as agências bancárias, que no passado eram um fundo mais garantido, mas que com a digitalização dos serviços a quantidade de agência física tem diminuído; e também fazer o investimento em um fundo de imóvel e inquilinos únicos.

 

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