
Desde fevereiro, a Comissão de Patrimônio constituída no Legislativo vem fazendo o levantamento inédito dos bens móveis e imóveis do Parlamento. O trabalho, que iniciou em fevereiro, sob o comando do 2º secretário, deputado Reni Pereira (PSB), é pioneiro e vai permitir não somente a preservação material e cultural, mas do patrimônio pertencente aos paranaenses.
Até o momento, o trabalho da Comissão apontou 51 quadros, cujo valor chega a pouco mais de R$ 534 mil, conforme avaliação feita pelo especialista Claudinei Belgamo. “Estamos partindo do zero. É um levantamento preliminar e que pretendemos concluir no segundo semestre. Já temos algumas obras catalogadas e avaliadas. É um trabalho importante da Mesa Executiva e inédito na Assembleia, que nunca havia sido feito”, disse Reni Pereira.

Alma da Floresta, de Lange de Morretes
No Salão Nobre da Assembleia, dois quadros harmonizam o local, contrastando com as cores mais escuras do ambiente. O quadro Alma da Floresta, de Frederico Lange de Morretes, está avaliado em R$ 130 mil. A pintura de Arthur José Nísio, “Instalação da Assembleia”, é logo perceptível pelo tamanho e beleza, e pode chegar a valer R$ 90 mil no mercado de artes.
Espaço de manifestação democrática e palco de permanentes eventos na Casa, um painel talhado em madeira, de Poty Lazzaroto, instalado no Plenarinho, contrasta com as importantes discussões realizadas na Assembleia. “Temos obras de grandes nomes da pintura. É importante este levantamento, porque estamos dando valor também para sua representatividade e vai permitir que no futuro a gente conheça exatamente o que temos e o que precisamos conservar. No caso do Poty, temos esta obra espetacular avaliada em pelo menos R$ 100 mil”, enaltece o 2º secretário, embora reconhecendo que obras desta importância, a rigor, não possam ter os seus valores reais mensurados.
Instalação da Assembleia, de Arthur José Nísio
Pelos corredores da Casa podem ser vistos trabalhos diferenciados, como no caso do painel em mosaico de Franco Giglio, em quatro placas, instalado no quinto andar do prédio da Administração, cujo valor está estimado em R$ 60 mil. Na parede esquerda da recepção da sala da Presidência, outro quadro chama atenção pela plasticidade e harmonia. A obra, do artista Theodoro de Bona, está avaliada em R$ 45 mil. “São quadros espalhados pela Casa, pelas salas da Comissão Executiva, em diferentes locais da Assembleia e que fazem parte deste acervo que estamos inventariando. Podemos perceber que são inúmeras obras e queremos o mais breve possível fechar este levantamento”, conclui Reni Pereira.
Fotos: Sandro Nascimento