O deputado Luiz Carlos Martins (PDT) traçou, nesta segunda-feira (26), um mapa do efetivo policial do Paraná nos últimos oito anos. O resultado, segundo Martins, é alarmante e precisa de providências urgentes para que o caos da segurança pública não se torne incontrolável.Segundo o parlamentar, em 2002, último ano de mandato do governador Jaime Lerner, o efetivo da Polícia Militar era de 18.700 homens.“Em 2003 quando o Requião assumiu disse que iria mexer na aposentadoria. Com essa declaração houve um recorde de pedidos de aposentadoria. Só naquele ano foram 1.230 baixas no efetivo da PM”, afirmou.Nos anos seguintes, o deputado relata que a média de aposentadorias e baixa foi de 700 homens. “Sendo assim, nos sete anos de governo Requião aconteceu mais de cinco mil baixas que não foram supridas pelas 4,2 mil contratações”.De acordo com a Lei que regulamenta o efetivo da Polícia Militar, o Paraná deveria ter hoje um efetivo de 21.583. “O efetivo real não chega perto deste número. Hoje são 17 mil policiais, sendo que destes 3.100 são bombeiros, restando um efetivo de 13.900”, relatou.Martins destacou ainda que na Capital, o efetivo é de 3 mil policiais, mas que nem todos estão disponíveis para estar nas ruas cuidando da segurança.“Há policiais de trânsito e polícia da guarda, que cuida da guarda externa dos presídios e escolta de presos. Além destas perdas, existe 25% do efetivo em trabalhos burocráticos, licença prêmio, férias, afastados por problemas de saúde e aqueles que compõem a banda da Polícia Militar”. Diante deste quadro, o deputado destaca que o efetivo nas ruas de Curitiba é de aproximadamente 1.500 policiais.“Levando em consideração que eles trabalham em escalas, esse número cai para 500 policiais por turno. Um número muito pequeno e insuficiente para atender a população”. Novas CompanhiasSe o número de policiais não aumenta, a quantidade de novas companhias da Polícia e batalhões criados sofreu uma elevação considerada. Foram criadas a Força Alfa para fazer o patrulhamento na fronteira, a Companhia Portuária, as Companhias de Londrina e Umuarama, o Batalhão de Polícia Comunitário Escolar e Companhia Ambiental de Londrina.“Não tiro o mérito dessas novas companhias, mas o efetivo não aumentou. Os policiais responsáveis por esses atendimentos foram remanejados de outros municípios que tiveram a diminuição no efetivo. Não adianta cobrir um santo descobrindo outro”, ironizou.