03/03/2009 19h12 | por Ronildo Pimentel / (41) 3350-4156 e 9188-8956 / ronipimentel@hotmail.com - imprensa@lideranca.pmdb-pr.org.br / www.waldyrpugliesi.com.br - www.lideran
Senhor presidente, senhores deputados e senhoras deputadas. Ocupei a Tribuna, na tarde ontem (segunda-feira, 2), para fazer uma previsão daquilo que aconteceria, à noite, na reunião da Executiva Estadual do meu partido. Logicamente, tudo aquilo que falei aqui acabou acontecendo na reunião da Executiva Estadual. Por que não houve erro na avaliação que fizemos? Por que conheço meu partido. Como já falei, a posição que defendemos lá não foi uma posição individual do presidente do partido. Logicamente, essa posição defendida é aquela que colhemos. Eu acreditava nela, mas ela nada mais era, também, do que a repercussão daquilo que estamos vendo em todo Estado do Paraná. A pergunta que se colocava para todos nós, deputado Dobrandino (da Silva), que já foi presidente do partido, é por que o partido que mais prefeitos elegeu, que tem o maior número de vice-prefeitos, que tem o maior número de diretórios (praticamente em todos os municípios do Paraná), que tem o maior número de vereadores, não vai ter candidato concorrendo ao Governo do Estado? Para que possamos continuar a alargar aquilo que se colocou por meio do Governo Requião, que é a defesa do interesse público, a presença firme do Estado onde deve estar, no nosso entendimento, de maneira permanente. Então essa posição partidária nasceu em todos os cantos, em todas as ruas, em todos os distritos. Eu poderia dizer que essa posição que defendemos, colocando-a de maneira muito clara ao conjunto dos companheiros da executiva estadual, era uma coisa plenamente sentida que teríamos que fazer. Bom, o que aconteceu na reunião? Aberta a reunião, colocada como proposta, já no início da discussão, tivemos a manifestação daqueles que se encontravam lá, e todos os que se manifestaram concordaram com a posição em defesa da unidade partidária, para enfrentarmos com as melhores condições possíveis os duros embates eleitorais que teremos pela frente. Todos, por unanimidade. Sabemos que o partido tem aqueles que não concordam com essa posição, mas é uma flagrante minoria que não teve nenhuma repercussão na reunião da Executiva Estadual. Não houve nenhuma manifestação contra aquilo que nós dirigentes do PMDB decidimos na noite de ontem. Pois bem, o que é que temos que fazer daqui para frente? Logicamente que alguns, até dentro do partido, dizem o seguinte: escuta, mas vocês não podem fazer o lançamento da candidatura antecipada. Ora, nós não somos nem ignorantes partidários nem ingênuos, todos nós sabemos que essas questões serão legalmente decididas de acordo com a lei no período que vai de 10 de junho a 30 de junho do ano de 2010. Mas, nada impede que as candidaturas que estão naturalmente nascendo ou sendo estimuladas sejam, sem propaganda eleitoral antecipada nenhuma, colocadas todas essas candidaturas nas ruas. Tem muita gente que já diz o seguinte: olha, a campanha de 2010 já foi antecipada, ela começou a tomar as ruas. Ontem mesmo ou antes de ontem estava aqui o nosso amigo, companheiro, ex-deputado, prefeito de Cascavel, Edgar Bueno. Ora, o governador de São Paulo José Serra esteve em Cascavel e talvez ele nunca tenha ido a Cascavel, não sei. Pode ser até que não tenha ido lá quando ele se confrontou com o companheiro Lula, presidente da República, mas estava lá. Estava lá fazendo o quê? E aqui em Curitiba o que é que ele veio fazer? O que o Aécio Neves está fazendo pelo Brasil afora? E a candidatura do PT inexistente até quando houve, através do presidente da República, um direcionamento na direção da ministra Dilma Rousseff? Todo mundo sabe que a Dilma Rousseff será candidata, se tsunamis políticos não acontecerem será candidata do PT à Presidência da República. Então, eu pergunto: por que nós, aqui, no Paraná, que temos o governador Requião no seu terceiro mandato dirigindo o povo do Paraná, nós que temos toda essa estrutura, porque nós não podemos sinalizar na direção do companheiro Orlando Pessuti? Dizemos isso de maneira muito clara, houve unanimidade em relação a essa posição partidária na noite de ontem. E nós não estamos, de maneira nenhuma, fechados a conversações, tanto é que falei há pouco: escuta, se nós estamos acreditando que iremos ao segundo turno, na realidade não pretendemos apoiar ninguém, nós estamos abertos para recebermos apoio de outras organizações partidárias para a nossa proposta no segundo turno. É dessa maneira que as coisas estão caminhando, nós queremos conversar com todos, mas que todos saibam que o povo do Paraná, através do seu grande partido, o PMDB, terá candidato ao Governo do Estado.Dobrandino da Silva (aparte) Deputado Pugliesi, quero primeiro lhe parabenizar pela discussão do tema e dizer o seguinte, eu não creio que a classe política do Paraná e mesmo a imprensa paranaense se surpreenda com o lançamento da candidatura do nosso partido o ano que vem. Vou dar um exemplo só, depois que se rompeu o regime ditatorial em que o governador era nomeado, aqui no Paraná houve quantas eleições e quantas o PMDB ganhou? Eu acho que seria até um entendimento péssimo alguém que pensa assim se surpreender com a candidatura do nosso partido. E, olha, o que me surpreende é não ter candidato a nível nacional, porque o nosso partido é majoritário em todo o Brasil. Emborao nosso partido em nível nacional, temos que admitir que a cúpula que dirige o partido tem sido conivente e trabalhado mais em benefício próprio, às vezes pessoais. Lamento isso! Aqui no Paraná teremos que ter candidatos com viabilidade de ganhar a eleição. Muito obrigado!Waldyr Pugliesi: Obrigado deputado Dobrandino. É aquilo que temos dito. O nosso candidato será homologado - lá na frente tem viabilidade eleitoral. Vejam bem a presença do MDB e do PMDB na vida paranaense. Quais são os possíveis candidatos que estão colocados aí? Álvaro Dias, do MDB e do PMDB. Osmar Dias, do MDB e do PMDB e do Zuquinho (Augustinho Zuchi). Beto Richa, filho do ex-governador Richa. Quantas vezes eu, presidente do partido há muitos anos atrás saí pelo Paraná fazendo comissões provisórias para a Constituição do PMDB? Fui o primeiro presidente da Comissão Provisória, da organização, quando ela se estabeleceu definitivamente. Então, de todas as maneiras estamos presentes, pela nossa atividade e a dos nossos companheiros. Logicamente que alguns dissentiram, porque algumas ou muitas vezes em apenas e tão somente um partido, não é possível abrigar tantas e tantas lideranças expressivas. Estamos aí. Iremos para o segundo turno. Estou convencido disso. Falei aqui logo depois das eleições. A unidade inquebrantável das oposições não existe ou não existirá na prática. Estamos vendo as rachaduras que existem no campo adversário do PMDB. Estou falando abertamente, como sempre fizemos. Estamos na construção da unidade partidária com o objetivo claro, a manutenção do Governo do Estado nas mãos da população, que precisa ver mantidas as políticas públicas que lhe favorecem, que foram implantadas aqui pelo governador Roberto Requião. Temos a repercussão em alguns “blogs”. Não houve de maneira nenhuma o cerceamento da liberdade de ninguém. As reuniões partidárias são abertas. Todos estão convidados a se manifestarem. Quero fazer um registro ao nosso companheiro Stephanes Júnior, que muitas vezes é visto como dissidente. Ele é meu companheiro de partido, alguém que expressa as suas posições de maneira individual e elas são ouvidas. Ninguém quer punir aquele que diverge e que dissente. O Stephanes Júnior esteve na reunião e se manifestou favoravelmente à candidatura do partido, própria, em favor daquele que estamos pretendendo lá na frente como nosso candidato ao Governo do Estado. É assim que se faz política: colocar de maneira clara as posições. Respeitamos as posições dos outros. Na hora em que a Executiva Estadual do PMDB, por unanimidade toma uma decisão, qual a posição que temos que ter de firmeza em defesa daquilo que de maneira unânime ficou assentada. Porque a democracia, Pastor Praczyck, ela é boa nesse sentido, quem faz 51% dos votos ganha; quem faz 49% perde. Quem ganha manda, quem ganha governa. Quando a maioria é estabelecida democraticamente através do voto, a minoria tem que respeitar a posição que foi colocada em discussão, em votação e aprovada pela maioria. Muito obrigado!