O deputado Marcelo Rangel requereu ontem na Assembléia Legislativa informações precisas sobre o inquérito policial que envolve e levou para a cadeia a ex-diretora regional do Instituto Agronômico do Paraná – IAP em Ponta Grossa, Elma Romano, além quase duas dezenas de outras pessoas. Romano foi presa através da Operação “Floresta Negra”, coordenada pelos policiais do Centro de Operações Especiais – Cope, desenvolvida nos municípios dos Campos Gerais. Rangel quer todas as informações sobre a elaboração do inquérito as degravações de declarações das pessoas envolvidas e também aquelas que são citadas ou estão direta ou indiretamente sujeitas a suspeição. “Não entro no mérito da culpabilidade, mas tenho muita curiosidade de saber como é que a Polícia chegou a esses “peixes grandes” e que está por trás desses crimes”, disse o deputado. A Operação “Floresta Negra”, conforme se divulgou na imprensa, colocou fim na ação de uma quadrilha que fazia a compra e venda de autorizações irregulares, emitidas por funcionários já presos do Instituto Ambiental do Paraná, para que fazendeiros e madeireiros cortassem e vendessem Araucárias. Ainda segundo noticiário da época, foram derrubados ilegalmente mais de 36 mil pinheiros em dezenove fazendas. A área que sofreu esta devastação era o equivalente a 1.500 mil campos de futebol, de acordo com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Foram movimentados pela quadrilha mais de R$ 8 milhões. O interessante é que a ex-diretora regional do IAP de Ponta Grossa, Elma Nery de Lima Romano, é acusada de participar e liberar cortes dos pinheiros. Integravam a quadrilha outros funcionários públicos, fazendeiros e madeireiros. Ontem ainda quando apresentou o requerimento Rangel ouviu do líder do governo, Luís Cláudio Romanelli, que ele dará apoio para que os fatos sejam esclarecidos e orientará os deputados da base governista para que aprovem o requerimento.