As discussões sobre o projeto que prevê a transformação da Emater em autarquia, proposto pelo Governo do Paraná, dominaram os debates ontem na Assembléia Legislativa. O líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), lembrou que esta não é a primeira vez que a Emater corre o risco de perder o status de empresa de economia mista.Rossoni lembrou que um projeto semelhante proposto pelo governo anterior foi arquivado, atendendo aos apelos da sociedade paranaense e de funcionários da Emater. De acordo com ele, tanto a bancada como o governo da época se renderam ao bom senso. “Graças à sensibilidade do governo da época, a Emater foi preservada”, afirmou. Naquele período, Rossoni era o líder da Situação.Ontem o líder do governo, deputado Dobrandino da Silva (PMDB), disse que vai entrar com requerimento para a retirada do regime de urgência da matéria, abrindo possibilidade de debate mais amplo do assunto com a sociedade paranaense. A medida é uma resposta a um apelo do integrante da bancada de oposição, deputado Durval Amaral (PFL). Amaral presidiu ontem pela manhã uma audiência pública para examinar o assunto. O evento aconteceu no período da manhã, no plenarinho da Casa.Participaram, além de um grande número de parlamentares de vários partidos e de servidores da empresa, representantes de sindicatos e organismos ligados ao setor agropecuário, como a Federação da Agricultura do Estado do Paraná - Faep, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura- Fetaep, a Organização das Cooperativas do Estado do Paraná – Ocepar, Sindaspp, Senge-Pr, Sinaep, Fetrasul, entre várias outros.Para o deputado Élio Rusch (PFL), a transformação da Emater em autarquia torna a empresa muito morosa. “O Iapar foi transformado em autarquia no primeiro governo Requião e isso trouxe grandes dificuldades à empresa”, lembrou. E alertou que ao repetir o mesmo processo com a Emater corre-se o risco de comprometer o atendimento e a rapidez que muitas vezes se exige de uma empresa desta natureza.Sobre os argumentos do governo em relação aos salários dos funcionários da empresa, o deputado foi taxativo: “um funcionário bem remunerado está motivado para o trabalho”, arrematou