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Projeto de Plauto que exige reserva de vagas para mulheres em obras tem emendas aprovadas pela CCJ

1º secretário da Alep, deputado Plauto Miró (DEM)
1º secretário da Alep, deputado Plauto Miró (DEM) Créditos: Pedro de Oliveira
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável pela análise de todas as matérias que tramitam na Assembleia Legislativa, aprovou nessa segunda-feira (5) as duas emendas apresentadas ao projeto de lei nº 162/2011, de autoria do deputado Plauto Miró (DEM), 1º secretário do Legislativo, que obriga a reserva de 5% de vagas de emprego para mulheres em obras de construção civil promovidas pelo Governo do Estado. Com isso, o projeto está apto a retornar para votação dos deputados, em Plenário, considerando as duas sugestões.
Uma das emendas modificativas foi apresentada pela bancada do PT e sugere que a reserva de empregos para as mulheres seja de no mínimo 5% do total de vagas oferecidas na obra licitada. O deputado Fernando Scanavaca (PDT) apresentou um substitutivo geral que determina um percentual de contratações de acordo com o número de vagas ofertadas. Para obras que tenham de 100 a 200 vagas, a reserva deve ser de 2%; de 201 a 500 vagas, 3%; de 501 a 1000 vagas, 4%; e acima de 1001 vagas, 5%.
O projeto de Plauto altera a Lei Estadual nº 15.608, de 16 de agosto de 2007, para garantir o benefício às mulheres. A proposição determina ainda que a obrigatoriedade da reserva de vagas conste em todos os editais de licitação e contratos diretos divulgados pelo Executivo para a realização de obras.
Ampla discussão – Plauto Miró explica que, se for aprovado em todas as discussões pelos parlamentares e for sancionado pelo governador Beto Richa, o projeto obrigará que todas as empresas que ganharem licitações para obras de construção civil, realizadas pelo Governo do Estado, deverão reservar vagas por trabalhadores do sexo feminino. “Este projeto surgiu a partir de diversos pedidos feitos por mulheres e foi amplamente discutido antes de ser apresentado na Assembleia”, lembrou.
O deputado destacou que o projeto determina que a reserva de vagas é para cargos na área operacional, portanto, não se enquadram os empregos nos setores de limpeza, faxina e administrativo.
Com o projeto, Plauto busca inserir as mulheres em um amplo setor econômico, visando impedir discriminações existentes nas contratações dos setores operacionais da construção civil e, consequentemente, a confirmação constitucional do princípio da igualdade material. Antes de ser votado em primeira discussão, o projeto já havia recebido parecer favorável das comissões de Constituição e Justiça; de Direitos Humanos e da Cidadania; de Defesa dos Direitos da Mulher; e de Indústria e Comércio.

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