O líder da Oposição na Assembléia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), disse que a Emater está proibida de trabalhar em assentamentos de alguns municípios do Paraná. A situação traz grandes transtornos aos pequenos produtores, já que estes precisam recorrer a cooperativas quando necessitam de projetos para requerer o Pronafinho.O caso foi levado ao conhecimento do secretário nacional de Agricultura Familiar, Walter Bianchini. O Incra paga R$ 1.500 reais para cada projeto, quando a Emater poderia prestar assistência sem custo. “Tem situações em que o valor do empréstimo é menor do que taxa paga pelo Incra, um flagrante contrasenso”, critica Rossoni.O parlamentar tomou conhecimento do assunto porque foi procurado por um grupo de pequenos agricultores que enfrentaram esta situação. Eles disseram que procuraram a Emater mas os técnicos se declaram impedidos de fazer o projeto e tiveram que recorrer a cooperativas, que recebem a taxa de R$ 1.500 do Incra para cada projeto.O secretário de Agricultura Familiar disse que cabe ao assentamento definir de onde vem a orientação técnica, já que existem convênios firmados tanto com o Incra como com a Emater. O secretário afirmou também ter conhecimento do valor pago sobre cada projeto e disse que este é o custo para se ter assistência de qualidade.Rossoni entregou um documento relatando estas questões ao presidente regional do PT, André Vargas, como forma de sugestão para que seja revista a política de assistência ao pequeno produtor. “O governo federal não precisaria gastar os R$ 1.500 se a Emater não fosse proibida de trabalhar em assentamentos”, reafirmou o deputado.